Coluna semanal com Paulo Cesar Porto Martins, PhD em psicologia clínica e professor da PUCPR.
Paulo Cesar Porto Martins, doutor em psicologia clínica da saúde conversa com o jornalista Lucian Pichetti, sobre a morte e como lidar com ela. Eles se baseiam na carta de despedida deixada pela empresária Juliana Carvalho Lopes que faleceu após lutar contra o câncer. A conversa enfatiza a importância de se preparar emocionalmente para a morte e a necessidade de conversar sobre o assunto com familiares. A empresária Juliana é citada como um exemplo de como enfrentar a morte tranquilamente e se preparar para ela. O texto destaca a reflexão e a gratidão de Juliana em relação à vida e ao seu fim iminente, e como isso pode ajudar a família a lidar com a perda. A conversa também aborda o processo de luto, que não é linear, mas sim como um pêndulo entre a dor e a restauração. A coluna trata de um tema pesado, mas importante, sendo muitas vezes evitado, mas pode ser enfrentado com preparação emocional e diálogo com a família.(Resumo feito pelo ChatGPT e revisado por humanos😊)
Leia a carta da Juliana na íntegra
A minha hora chegou. E tá tudo bem, gente. Tive a oportunidade e o privilégio de me preparar pra ela. Me redescobrir e receber o melhor das pessoas. Essa é uma despedida honesta e, absolutamente, grata. A despedida de uma vida linda, cheia de sentido, de amor e das pessoas mais especiais que eu poderia ter tido o privilégio de conviver. Minha família, minhas amigas e amigos e tanta gente, que apesar da pouca intimidade, se fez tão presente, com gestos, palavras, orações, força.
Durante o tratamento, passei por muitas fases aqui dentro de mim. E, felizmente, encontrei as minhas próprias ferramentas psíquicas para lidar com o câncer e com as pessoas da minha vida. E fui sustentada pela força, o afeto, a parceria e o amor de vocês, cada um à sua maneira. E passei a tentar compreender os sentimentos e emoções das pessoas que me cercam, me atrevendo a entender e experimentar, da forma objetiva, racional, mas também, empática, o que sente o outro. Pra mim, funcionou, espero que pra vocês também. Uma certeza, morri cheia de gratidão no coração e cercada das melhores pessoas.
Aliás, se eu puder deixar um pedido, desmistifiquem o câncer ou outra doença grave. Desmistifiquem a morte, afinal, ela é o maior clichê da nossa vida. Meu objetivo, desde o meu diagnóstico foi desmistificar a doença, o processo e o fim da vida. Acho que funcionou, vocês entenderam e eu vivi os últimos anos com dignidade e alegria apesar do câncer. E como eu sempre repetia – com todo respeito a dor e a maneira que cada um tem de lidar com seus perrengues – é possível, sim, ser feliz com câncer. Eu fui.
Um recadinho para quem me acompanhou no trecho: Sei humildemente que sentirão saudades da minha presença, das minhas patifarias, da nossa convivência, eu já estou… Mas, espero que se apeguem as nossas pequenas lembranças, nossos momentos de alegria e risadas, nossas trocas. Construam nossas memórias. Espero ter deixado material pra isso. Para carregarem um pouquinho de mim em cada um de vocês (só a parte boa!), mas com alegria, sem drama. Vocês sabem que drama nunca foi meu forte.
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