Teodoro Sampaio (1855 - 1937) - Heróis de Todo Mundo

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Teodoro Sampaio nasceu em 1855 na cidade de Santo Amaro, Bahia. Era filho de uma escrava do engenho Canabrava e, supostamente, do sacerdote Manoel Fernandes Sampaio, que o alforriou no batismo. Há quem registre, no entanto, que seu pai era o senhor de engenho Francisco Antônio da Costa Pinto. O próprio Teodoro, porém, jamais revelou publicamente a verdadeira identidade de seu pai.

Aos dois anos de idade foi entregue a uma senhora da sociedade, D. Inês Leopoldina, que o criou até os nove anos. Aos 10, foi levado para o Rio de Janeiro pelo padre (Manoel?) e internado no colégio São Salvador, onde mais tarde se tornou professor de Matemática, Filosofia, História, Geografia e Latim. Logo depois de formado na Escola Politécnica, em 1877, voltou à Bahia e negociou a alforria de sua mãe e de seus dois irmãos, que ainda eram escravos.

Um dos maiores engenheiros do país, além de geógrafo e historiador, Teodoro foi o primeiro a mapear a região da Chapada Diamantina. Suas anotações ajudaram Euclides da Cunha a escrever Os Sertões. Foi também um dos homens públicos de maior importância nos debates e projetos urbanísticos do país, no final do século XIX e início do XX. Hoje, municípios em São Paulo e na Bahia carregam seu nome, além de escolas, túnel, ruas e travessas de cinco bairros da cidade de Salvador e ruas de cidades como Feira de Santana, Curitiba, Londrina, Rio de Janeiro e Santos, entre outras.

Em 1879, foi criada a Comissão Hidráulica do Império, para melhorar os portos e a navegação dos grandes rios do interior brasileiro. Teodoro Sampaio fez parte da equipe, como engenheiro de 2ª Classe, mas seu nome não apareceu no Diário Oficial junto dos demais integrantes, por ser o único negro. Somente após interferência do Senador Viriato de Medeiros é que ele foi incluído no Diário. Em 1881, foi nomeado engenheiro de 1ª Classe.

Na Comissão, participou de uma expedição pelo Rio São Francisco e suas anotações serviram de base para seus livros O Rio São Francisco e A Chapada Diamantina, de 1905. Em 1883 integrou a Comissão de Melhoramentos do Rio São Francisco, como 1º Engenheiro-Ajudante. Lá colaborou nas obras de barragem e desobstrução dos trechos encachoeirados do rio.

Em 1886, Teodoro integrou a Comissão Geográfica e Geológica de São Paulo, como 1º Engenheiro e Chefe de Topografia. No governo de Prudente de Morais (1890), assumiu a chefia dos Serviços de Água e Esgoto da cidade de São Paulo. A partir da década de 1890, Teodoro ganhou reconhecimento intelectual cada vez maior, devido, entre outros fatores, à sua participação na comissão que organizou a Escola Politécnica de São Paulo.

Em 1901, lançou o livro O Tupy na Geografia Nacional, obra reconhecida como referência fundamental no estudo do Tupy e de sua influência na formação cultural do país.

Em 1904, mudou-se para Salvador, onde se dedicou à execução do Serviço de Água e Esgoto da cidade, entre outras obras. Em 1913, foi eleito orador oficial e membro da comissão de publicação da Revista do Instituto Histórico Geográfico da Bahia, na qual teve uma grande produção. De 1922 até 1936, foi Presidente do Instituto Histórico e Geográfico da Bahia e, em 1927, foi eleito Deputado Federal.

A vida profissional de Teodoro Sampaio pode ser dividida em duas grandes fases. A primeira foi desenvolvida sobretudo em São Paulo, entre 1873 e 1903, e a segunda se deu principalmente em Salvador, de 1905 a 1935. Nos últimos anos de sua vida, dedicou-se ao livro História da Fundação da Cidade da Bahia, obra publicada postumamente em 1949. Teodoro morreu antes de completar o último capítulo, em 15 de outubro de 1937, no Rio de Janeiro, onde residia.

Fonte: http://www.acordacultura.org.br/heroi...

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