Microbiologia da água

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As análises de água são realizadas segundo normas adotadas por cada país ou região. No caso brasileiro, os procedimentos utilizados são os do “Standard Methods for Examination of Water and Wastewater”, da American Public Health Association (APHA). As análises microbiológicas da água podem ser tanto no aspecto quantitativo quanto no qualitativo.
No aspecto quantitativo, procura-se avaliar as populações de um modo geral. Sua importância está mais relacionada a estudos ecológicos, de monitoramento ambiental ou dos tratamentos efetuados, mas seus dados podem ajudar também na avaliação da água quanto a sua potabilidade. Água com altas populações de microrganismos tem maiores possibilidades de conter organismos patogênicos, podendo indicar, também, um alto conteúdo orgânico. A decomposição da matéria orgânica pode consumir o oxigênio, produzindo ácidos e gases tóxicos.
Embora a legislação não apresente padrões restritivos quanto ao número de microrganismos, autores sugerem que águas de boa qualidade para consumo devem ter populações de bactérias inferiores a 100 UFC/mL. Além do aspecto de potabilidade, a qualidade microbiológica da água é que vai decidir sobre seus possíveis usos, como, por exemplo, a irrigação de lavouras (legumes, frutas, cereais e florestas), a recreação (balneabilidade), a criação de animais (meio de criação e dessedentação), entre outros.
Vários procedimentos podem ser utilizados na avaliação de amostras de água; no entanto, os mais utilizados são os testes para indicação da ocorrência de coliformes totais e fecais. O teste para detecção de coliformes totais consiste de duas etapas, o teste presuntivo e o teste confirmativo, cujas características já estudamos em aula teórica. A pesquisa de coliformes é baseada nas características do grupo bastonete Gram-negativo, que produz ácido e gás a partir de lactose.
Os coliformes totais compreendem bactérias dos gêneros Enterobacter, Escherichia, Klebsiella e os coliformes podem ser encontrados em outros ambientes como solo, água e vegetais, bem como fezes.
Dentre os coliformes totais, estão os coliformes FECAIS. O mais conhecido coliforme fecal, e escolhido como indicador de poluição é a Escherichia coli. Ela é constante no intestino humano e no de animais de sangue quente, é abundante nas fezes, cresce facilmente em meios de cultura e vive bastante tempo na água.
A maioria das doenças veiculadas pelas águas tem sua origem na contaminação fecal. Exemplos destas são: a febre tifoide (Salmonella typhi), a shigelose (Shigella), a hepatite “A” de origem viral, os rotavírus, os polivírus, as gastroenterites (Salmonella) e a cólera (Vibrio cholerae), além de parasitas como os protozoários Entamoeba hystolytica e Giardia lamblia, que causam a disenteria. Seria praticamente impossível investigar a presença de cada microrganismo patogênico que pudesse ser transmitido pela água. Além do que, muitos deles são liberados em pequenas quantidades e às vezes de forma descontínua. Tudo isto teria um custo elevado e levaria um tempo precioso na determinação do contaminante. Assim, a opção é escolher um microrganismo que indicasse a contaminação da água com fezes e, portanto, a suspeita de conter microrganismos patogênicos.

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