Direitos disponíveis no SUS para pessoas LGBTQIAPN+

Em 2004, foi criado o primeiro Comitê Técnico de Saúde da População LGTB, que viria a construir as diretrizes nacionais de cuidado com a saúde dessa população. Alguns anos depois, em 2011, foi criada a Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais,Travestis e Transexuais (LGBT+). Segundo o documento, saúde não se resume a tratar uma doença, mas a produzir conhecimento, participação social, promoção de saúde, atenção e cuidado. O uso do nome social, a garantia dos direitos sexuais e reprodutivos e a aprimoração do processo transexualizador são alguns dos itens listados.

Porém, é preciso mudar muita coisa: as pessoas LGBTQIAPN+ ainda são muito associadas a infecções sexualmente transmissíveis, aumentando o estigma. O cuidado com essa população deve se estender para toda a rede pública, pois ela também precisa de atendimento de saúde primária. Faltam, ainda, investimentos no desenvolvimento de políticas públicas mais estruturadas e acessíveis para pessoas LGBTQIAPN+. Na prática, é muito difícil concretizar o que a Política Nacional de Saúde Integral de LGBT+ propõe.

Por esses motivos, pelo preconceito e pela falta de conhecimento, infelizmente, é comum que os atendimentos sejam marcados por violências e microagressões a esse grupo. Os médicos precisam estar preparados para atender os pacientes sem presumir que aquela pessoa é cis e/ou hétero, pois isso os afasta do atendimento e, consequentemente, do cuidado com a saúde.

A medicina cuida de pessoas, independentemente de sua orientação sexual ou gênero.

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