Audiência Pública em BH | Depoimento do coronel Paulo Rubens Pereira Diniz

O coronel, ex-engenheiro militar, Paulo Rubens Pereira Diniz, 81 anos, deixou o Exército 26 anos depois de iniciar a carreira. Ele trabalhou na Guarda Presidencial entre 1961 e 1964 e não concordou com o Golpe Militar, nem com a tortura.

Ele afirma que, em novembro de 1964, militares receberam ordem para atirar morteiros contra a população que protestava contra a deposição do governador Mauro Borges, em Goiânia. A ordem, afirma, foi suspensa 15 minutos antes em virtude da renúncia do governador. "Se o governador Mauro Borges não tivesse renunciado, eu teria cumprido a ordem. E a ordem era bombardear a praça", disse Diniz, que afirma ter a saúde abalada até hoje em virtude do episódio.

Após anos de serviço em Minas Gerais, Diniz foi transferido para a Amazônia, onde afirma ter treinado um pelotão de índios para combater a Guerrilha do Araguaia. Ele afirma ter sido perseguido durante a carreira em virtude de sua postura.

Data: 30/09/2014

Edição: Thalita Rosemberg (CNV)
Vinheta: Thiago Dutra Vilela (CNV)
Trilha Sonora da Vinheta: Gustavo Lyra (http://abre.ai/dayone)
Arte do canal: Paula Macedo e Isabela Miranda (CNV)
Captação de imagens: Lígia Benevides (CNV)