Por que Noite na Taverna de Alvarez de Azevedo é um livro tão importante?
Está na lista do vestibular da UFPR, do meu Estado.
Contei diversos SPOILERs. Alerta!!
Mas se você tem o objetivo de estudar, está no lugar certo! Vou “explicar tudo” a você, sobre o emblemático livro de Manuel Antonio Alvarez de Azevedo (1831-1852), passando, individualmente, pelos sete capítulos: Uma noite do século, Solfieri, Bertram, Gennaro, Claudius Hermann, Johhan e Último Beijo de Amor.
Neste vídeo, você vai compreender as bases de análise dessa obra da literatura brasileira e mundial. O contexto da Sociedade Epicureia e do Byronismo, os amigos escritores de Alvares de Azevedo, Aureliano Lessa e Bernardo Guimarães, a literatura gótica e ultrarromântica do livro que foi publicado póstumo em 1855, três anos após a morte do autor, por iniciativa de seu pai.
Mas afinal, trata-se de um Romance? Fala-se à boca pequena que trata-se de um livro de contos. Contos fantásticos. Vamos compreender também um pouco mais sobre o gênero do livro, tendo em vista as análises e a concepção das histórias. Vários personagens estarão em destaque neste vídeo. Noite na Taverna é considerado o primeiro livro de terror da Literatura Brasileira.
Capítulo 1: “Uma noite no século”
Vamos compreender como a reunião de Lord Byron, Percy Shelley, Mary Shelley, Claire Clairmond e Polidori na Vila Diodati, na Suíça tem a ver com o encontro dos cinco amigos na taverna. No prólogo do livro, vamos compreender que os amigos se desafiam e tentar contar suas histórias mais horripilantes de amor e morte. Entenda que “a taverna” é um personagem tão importante do começo ao fim, para muito além do cenário da narrativa. Conheça mais sobre Macário, outra obra de Álvares de Azevedo.
Capítulo 2: “Solfieri’
A narrativa começa com epígrafe de Lord Byron. Compreenda porque as epígrafes são importantes em todo o livro. Que é uma história de terror sem monstros ou criaturas sobrenaturais. Uma vez que o terror está na monstruosidade que cada jovem é capaz de cometer contra o outro. Neste conto há necrofilia e catalepsia. Cito “A queda da casa de Usher”, de Edgar Allan Poe e o filme “Kill Bill” (Quentin Tarantino) para ilustrar os catalépticos. Solfieri afirma: ’não é um conto, é uma lembrança do passado".
Capítulo 3: “Bertram”
Esse é o personagem mais Don Juan da Literatura Brasileira. E ele tem uma sina amaldiçoada. Traz vários elementos do próprio poema de Lord Byron, publicado em 1818 e é todo composto em oitava rima. É um capítulo com diversas digressões. Este conto impressiona por muitas coisas, tem assassinato, infanticídio. traição, naufrágio e antropofagia.
Capítulo 4: “Gennaro”
Neste conto temos um triângulo amoroso angulado por Gennaro com Laura, de 15 anos e Nauza, de 20 anos, respectivamente filha e esposa do experiente pintor do qual Gennaro é aprendiz. Uma sequência de desgraças vão acontecendo. Traição, aborto, sonambulismo, ameaças, veneno. Essa história corre de um inverno a outro, quando vamos conhecer o Gennaro adolescente, com 18 anos. Entre os ídolos do escritor, houve triângulo amoroso entre os Shelley e Claire. Entenda.
Capítulo 5: “Claudius Hermann”
É um conto com muito luxo e luxúria. Passa-se em Londres. Claudius é um poeta que se aficciona pela duquesa Eleonora e comete uma série de maldades para possuir a mulher. Faz uso de narcótico, a embriaga para estuprá-la. Há uma estratégia: as cenas pesadas são narradas em terceira pessoa, de forma impessoal. Há ainda um poema que narra a história erótica em versos.
Capítulo 6: “Johann”
Trata-se de uma briga entre o contador da história e Arthur, que vão parar em um duelo. É ali que Johann desgraça a sua vida e a de G. a amada de Arthur. Na narrativa há incesto e culmina na história de uma família destruída.
Capítulo 7: “Último beijo de amor”
Depois de toda a baderna dos rapazes, o impressionante é que o desfecho do livro é feito por uma mulher: G. De Giorgia. Ela vem pra se vingar. Você vai se surpreender com o motivo. A epígrafe é de Romeu e Julieta e o desfecho da história também é Shakespeariano.
Entenda ainda um pouco mais sobre a biografia de Alvarez de Azevedo. Espero que você tenha gostado. Bons estudos!
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“A orgia dos duendes” (1865) é um poema narrativo de Bernardo Guimarães (1825-1884) considerado um dos primeiros registros do gótico brasileiro.
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