Live especialmente gravada para o Curso Aberto com o Dr. José da Mota Neto, do @ gcocjf Grupo de Cirurgia de Ombro e Cotovelo de Juiz de Fora, e a fisioterapeuta Dra. Luane Landim @luanelandin. Essa aula foi transmitida ao vivo em 20 de agosto de 2020.
Se você está fazendo o Curso Aberto de Atualização em Reabilitação do Ombro, essa é a Aula 15.
Enquanto estiver assistindo a aula, lembre-se que os objetivos de aprendizado essenciais dessa aula são:
Bibliografia Sugerida para o teste de certificação:
1. Beks RB, Ochen Y, Frima H, Smeeing DPJ, van der Meijden O, Timmers TK, van der Velde D, van Heijl M, Leenen LPH, Groenwold RHH, Houwert RM. Operative versus nonoperative treatment of proximal humeral fractures: a systematic review, meta-analysis, and comparison of observational studies and randomized controlled trials. J Shoulder Elbow Surg. 2018 Aug;27(8):1526-1534.
2. Gibson JN, Handoll HH, Madhok R. Interventions for treating proximal humeral fractures in adults. Cochrane Database Syst Rev. 2001;(1):CD000434. doi: 10.1002/14651858.CD000434.
3. Barbosa RI, Marcolino AM, Fonseca MCR. Reabilitação de paciente com fratura proximal de úmero fixada com placa de ângulo-fixo. J Health Sci Inst. 2010;28(3):280-2.
Mini-resumo: As fraturas proximais de úmero correspondem aproximadamente de 4% a 6% de todas as fraturas em indivíduos adultos e ocorrem principalmente no grupo de pessoas com idades entre 41 a 60 anos sendo mecanismo de lesão comumente associado a queda da própria altura. A primeira parte da aula é toda dedicada a apresentar os aspectos anatomopatológicos relativos as fraturas proximais do ombro e os aspectos mais relevantes para o médico tomar a decisão pelo tratamento conservador ou cirúrgico dessa fratura. O tratamento conservador (não-cirúrgico) é comumente indicado para casos em que as fraturas de úmero apresentam baixo nível de complexidade enquanto as fraturas de maior complexidade geralmente necessitam de intervenção cirúrgica para que se obtenha a estabilização desejada.
Na segunda parte são apresentadas as evidências científicas que compararam o resultado de tratamentos conservadores e cirúrgicos e sugestões de protocolos de reabilitação fisioterapêutica tanto para o acompanhamento conservador quando pós-cirúrgico desses pacientes.
O tratamento conservador consiste no uso de tipóia para imobilização do membro superior por um período que pode variar entre 3 a 6 semanas a depender da qualidade e consolidação óssea. A primeira fase de intervenção fisioterapêutica ocorre geralmente entre a 1a. e a 3a. semana após imobilização. Neste período o paciente apresenta clinicamente edema e dor no membro acometido, restrição de mobilidade ativa, causada principalmente pelo processo de imobilização do membro superior e fraqueza associada ao desuso principalmente nos que apresentam idade mais avançada. Nesta fase, é orientado evitar principalmente a ADM de rotação externa do úmero e descarga de peso no membro acometido. O tratamento consiste de analgesia e redução do edema, prescrição de exercícios ativos livres de cotovelo, punho, mão e cervical. Também é liberado nesta fase ativação neuromuscular e controle motor da região periescapular com a realização de exercícios de protração e retração da escápula em posição neutra. A segunda fase varia entre 3 e 6 semanas e o paciente deve receber liberação do uso da tipóia. Os objetivos estabelecidos nessa fase são o ganho de ADM passivo ou ativo assistido do membro em flexão até 90 graus, rotação externa até 45 graus em decúbito dorsal, restauração dos movimentos escapulares e início do fortalecimento da musculatura global com inserção de exercícios isométricos. A terceira fase ocorre entre 6 a 10 semanas e são liberados ganho total de ADM, inserção de carga em movimentação ativa livre em posição ortostática, caminhada, corrida de acordo com a liberação médica. A partir de 10 semanas pós-imobilização deve ser focado no aumento da força muscular com uso de carga externa progressiva e para pacientes atletas, exercícios direcionados ao gesto esportivo para retorno às atividades. Do ponto de vista clínico, o paciente submetido ao tratamento conservador pode apresentar limitações na amplitude de movimento do ombro, presença de dor (baixa intensidade) e perda de função global do membro superior. Assim, estipula-se como critério de alta para esses pacientes uma boa pontuação nos questionários de função do membro superior e capacidade de realizar as atividades funcionais diárias.
Embora, alguns protocolos sugiram que a intervenção fisioterapêutica pode ocorrer nos primeiros dias pós-operatório, a reabilitação pós-cirúrgica das fraturas proximais de úmero deve aguardar a liberação médica, respeitando o tempo necessário para cicatrização dos tecidos e considerando as alterações clínicas esperadas para o paciente pós-cirúrgico.
Observação: o texto do mini resumo é uma adaptação do original de Júlia Fayão @juliafayao
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