Senna e a Volta Canhão do Estoril

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Decorria o ano de 1986, Grande Prémio de Portugal no Estoril. Muito se falou na altura do que se teria passado para Senna “tirar” quase 1 segundo ao tempo de Mansell.

Na altura vivia-se a época dourada dos turbo na F1.

Não havia regulamentação para o limite de sobrealimentação dos motores, sabendo-se que o botãozinho milagroso só poderia se accionado do cockpit por um curto período de tempo e até ao máximo de 7 bars.

A pressão de sobrealimentação era regulada por uma válvula de nome “waste-gate”, a função deste mecanismo era libertar para a atmosfera toda a pressão que colocasse em causa a integridade mecânica do motor.

Para esta volta, Ayrton Senna, bem ao seu timbre, mandou os engenheiros da equipa Lotus/Renault retirar a dita válvula, ficando assim com pressão de sobrealimentação livre.

Mais uma volta lançada e o carro ter-se-ia incendiado.

Saiu para a pista com o mínimo de combustível tornando o carro o mais leve possível.

O resultado foram 1340hp para 650kgs, se pensarmos que esta é a potência de um navio de carga para apenas 650 kgs…

Percebemos que de facto, seria impossível de pilotar para qualquer comum mortal.

Para Senna… Não.

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