Lula e Bolsonaro já estão nas ruas em clima de campanha de eleições municipais; veja análise

A campanha eleitoral para as eleições municipais de 2024 ainda não começou oficialmente, mas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) já estão nas ruas mobilizando apoiadores e apoiando possíveis pré-candidatos em diversas cidades do Brasil. O apresentador Murilo Fagundes e a comentarista Iasmin Costa analisaram mais esse capítulo da polarização política no programa Brasil Agora desta segunda-feira (1º).

Nesse domingo (30), por exemplo, Lula esteve no Rio de Janeiro para inauguração de obras e citou Eduardo Paes (PSD), que tentará reeleição, como "melhor prefeito do país". Do outro lado do Brasil, Bolsonaro e Michelle viajaram ao Pará para lançar pré-candidatura do deputado federal Éder Mauro (PL-PA) à prefeitura de Belém e devem passar por outros municípios para novos anúncios.

Iasmin Costa destacou que o Palácio do Planalto negou caráter eleitoreiro nas recentes viagens de Lula pelo país. Mas analisa que as passagens do petista no fim de semana tanto pelo Rio de Janeiro ao lado de Paes quanto por São Paulo, onde dividiu palanque com pré-candidato Guilherme Boulos (Psol-SP) e a postulante a vice Marta Suplicy (PT-SP), pareceram "verdadeiros comícios".

A partir de sábado (6), esse tipo de aparição pública, mesmo em anúncio ou inaugurações do governo, não poderá mais acontecer, segundo regras do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

"A presença tanto de Lula quanto de Bolsonaro é importante para potencializar candidaturas. Sempre foi assim. Não é particularidade de nenhum dos presidentes. Quando eleições se aproximam, presidentes marcam agendas em municípios importantes do ponto de vista eleitoral para anunciar obras", apontou Fagundes.

Costa reforçou que Bolsonaro, em vez das tradicionais lives de quando era chefe do Executivo, tem preferido viajar para cidades estratégicas. "PL quer que ele dê respaldo, aval, assine candidaturas nessas prefeituras de grandes capitais, até de pequenas cidades. Tanto ele quanto Lula têm capital político para apadrinhar nomes", explicou.

Veja calendário da Justiça Eleitoral:

A partir de 6 de julho - proibidas condutas de agentes públicos, como nomeações, exonerações, contratações e participação em inauguração de obras públicas;

A partir de 16 de agosto - início da propaganda eleitoral geral

De 30 de agosto a 3 de outubro - exibição da propaganda eleitoral no horário eleitoral gratuito em rádio e televisão; onde haverá segundo turno, o período será de 11 a 25 de outubro.