INGENUIDADE INOCÊNCIA IGNORÂNCIA, Raquel Lima, Gil Dionísio, Yaw Tembe, LISBOAGORA 2020

MUSEU DE LISBOA | TEATRO ROMANO
Leitura encenada e musicada a partir do livro com o mesmo nome. Espaços de oratura - narração oral, poetry slam, spokenword, música, performance, entre outras artes. Três palavras que se confundem, com significados ambíguos e contraditórios que caminham sempre connosco. Um espaço de vulnerabilidade que reflete uma identidade em construção, e no qual as palavras tanto podem ser lidas pelo seu desgaste e esvaziamento de sentido, como pelo reconhecimento de serem a única via possível de luta e paz.
Porque os nossos corpos transportam histórias, culturas e saberes, memórias que ganham dimensão pela performance.

RAQUEL LIMA (PALAVRA DITA)
É lisboeta das duas margens do Tejo e do Atlântico, de mãe angolana, pai santomense, avó paterna
senegalesa e trisavó materna brasileira. Poeta, performer e arte-educadora, tem um percurso de dez
anos de poesia essencialmente oral, movimento que a levou a mais de uma dezena de países na Europa, América do Sul e África. Durante esse período, apresentou o seu trabalho em eventos de literatura, narração oral, poetry slam, spokenword, performance e música.

GIL DIONÍSIO (VIOLINO)
Artista multidisciplinar com um leque de propostas que oscilam entre a escrita, o vídeo, o teatro e a música. Fundador de duas editoras, a Exotic Underground e a OLYMPO, Dionísio multiplica-se nas muitas frentes do palco: produtor, editor e designer, intérprete e criador, performer e promotor. Das já muitas bandas e projetos, sobressaem os Pás de Problème, a Criatura, Contos e Lenga Lendas ou o trabalho com Clara Andermatt, João Garcia Miguel, Sara Ribeiro entre outros.

YAW TEMBE (CONSTRUÇÃO DE MÁSCARAS)
É natural da Suazilândia, residente em Portugal, licenciado pela ESML no curso de Jazz e pela Faculdade de Belas Artes do Porto em Escultura. Tem explorado os conceitos de transitoriedade e fragilidade cruzando várias áreas - artes plásticas, vídeo, dança. Como trompetista, explora as possibilidades tímbricas do instrumento através de recursos acústicos como a modificação de surdinas e de trompetes e na implementação de processos eletrónicos. Tem o trabalho editado em várias editoras nacionais e internacionais, colaborando com diversos criadores, apresentado regularmente em Portugal e na Europa.