O QUE DIZ O INQUÉRITO DA PF SOBRE A PARTICIPAÇÃO DE BRAGA NETTO NA TENTATIVA DE GOLPE DE ESTADO?

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O QUE DIZ O INQUÉRITO DA PF SOBRE A PARTICIPAÇÃO DE BRAGA NETTO NA TENTATIVA DE GOLPE DE ESTADO?

Segundo o documento de mais de 800 páginas, o general cinco estrelas da reserva foi um dos principais articuladores do plano. Os investigadores afirmam que o ex-ministro de Bolsonaro faria parte do núcleo "responsável por incitar militares a aderirem ao golpe de Estado" e do núcleo de "oficiais de alta patente com influência e apoio a outros núcleos".

O relatório descreve Braga Netto como um dos líderes do grupo, juntamente com o general Augusto Heleno, que planejava a criação de um gabinete vinculado à Presidência da República após a consumação do Golpe de Estado. Esse gabinete, composto majoritariamente por militares e alguns civis, teria a função de assessorar o então presidente Jair Bolsonaro em um novo regime autoritário.

O inquérito aponta ainda que o general da reserva coordenou ataques a generais do Alto Comando do Exército que se recusavam a participar da tentativa de golpe. Ele também teria orientado a disseminação de mensagens de apoio a militares que se alinhavam ao plano golpista.

Os investigadores apontaram que uma reunião foi realizada no dia 12 de novembro de 2022 na casa do general Walter Braga Neto, em meio a um suposto planejamento para o assassinato do então presidente-eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin, e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A participação do general foi confirmada por Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro.

Na conclusão do inquérito, a PF afirmou que Braga Netto buscou informações sobre o “acordo de colaboração” do tenente-coronel Mauro Cid por meio dos pais do militar.

Durante uma operação de busca e apreensão na sede do PL, a PF localizou um documento que seria um "guia de perguntas e respostas" sobre a delação de Mauro Cid. O material estava na mesa do coronel Flávio Peregrino, assessor de Braga Netto na época, que ocupava um cargo no partido.

Em nota, divulgada na época do indiciamento, Braga Netto afirmou que "nunca se tratou de golpe e muito menos de plano de assassinar alguém" e que "sempre primou pela correção ética e moral na busca de soluções legais e constitucionais".




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