Cuphead foi um dos jogos independentes mais aplaudidos pela crítica e o público nos últimos anos. Todavia, o êxito, inclusive quando foi procurado com uma paixão envenenada, é sempre uma surpresa. Assim o diz Maja Moldenhauer, ilustradora do videojogo, uma peça essencial na sua imagem e também esposa de Chad, um dos criadores: “No início, acreditávamos que 500 a 1000 pessoas pudessem vir a comprar o jogo. Estávamos a apalpar terreno, a ver como era a comunidade”. Agora sabem que a sua estimativa estava muito aquém da realidade (Cuphead vendeu mais de dois milhões de cópias para X-Box e PC).
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É fácil de compreender – por ser partilhado por milhões de pessoas – o fascínio dos irmãos Moldenhauer pela animação clássica americana dos anos 1930. Aqueles desenhos animados da era dourada, enlouquecidos, com música swing entre histórias em que o humor físico predominava sobre o restante, impregnadas de imaginação e radicalmente livres. Era a época de Tex Avery, dos primeiros Disney e dos irmãos Fleischer. No entanto, é menos compreensível que esse fascínio leve alguém a hipotecar uma casa, abandonar um negócio e arriscar tudo o que se tem para perseguir o sonho de fazer um videojogo que resgate a essência desses desenhos animados. Foi precisamente isso que fizeram os irmãos Chad e Jared Moldenhauer. Felizmente para eles, por detrás dessa ideia disparatada havia uma boa dose de talento e muita vontade de trabalhar para fazer algo distinto. O resultado foi um dos jogos independentes mais aplaudidos pela crítica e o público nos últimos anos: o original e divertido Cuphead.
Todavia, o êxito, inclusive quando foi procurado com uma paixão envenenada, é sempre uma surpresa. Assim o diz Maja Moldenhauer, ilustradora do videojogo, uma peça essencial na sua imagem e também esposa de Chad, um dos criadores: “No início, acreditávamos que 500 a 1000 pessoas pudessem vir a comprar o jogo. Estávamos a apalpar terreno, a ver como era a comunidade”. Agora sabem que a sua estimativa estava muito aquém da realidade (Cuphead vendeu mais de dois milhões de cópias para X-Box e PC). Ainda assim, o esforço investido no processo de criação merece tal repercussão: “Todos os dias de criação deste jogo foram esgotantes, desgastantes e monótonos. 60 mil fotogramas, 500 desenhos, uma quantidade enorme de trabalho e esforço. Sangre, suor e lágrimas. Levantava-me todas as manhãs ansiosa por descer até à cave e começar”. Maja faz referência ao esforço que pressupõe a animação manual a 24 frames dos personagens do videojogo, sem dúvida a melhor forma de conseguir que o resultado final tenha exatamente o aspeto dos anos 1930 que procuravam os criadores.
E, se as influências são claras na estética ou na música, não são tão evidentes as homenagens a outros títulos clássicos dos videojogos, como os próprios irmãos Moldenhauer reconhecem: no desenho ou na capacidade de jogo, podem encontrar-se em Cuphead ecos de Gunstar Heroes (Seven Force!), Contra III, Contra Hard Corps, Super Mario World, Thunderforce e Street Fighter III. Com a sua primeira criação, Studio MDHR colocou-se numa posição invejável numa indústria muito competitiva onde é muito complicado ganhar destaque a trabalhar de forma independente. Agora, avisam, estão a trabalhar num novo título sem qualquer relação com o Cuphead. Mas independentemente do estilo que escolham, os Moldenhauer já demonstraram que contam com algo muito mais poderoso em jogo: “A única coisa que não nos falta é paixão”, assegura Maja.
Entrevista e edição: Pedro García Campos | Cristina García del Moral
Texto: José L. Álvarez Cedena
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