Mesa flutuante para criação de ostras em áreas de clima quente

Pesquisa realizada na Embrapa Tabuleiros Costeiros demostra as vantagens da mesa flutuante. Muito mais contato com a água, menos exposição ao sol e temperatura mais elevada. É o que atesta o pesquisador Jefferson Legat. "Equipamento simples e de baixo custo pode ser construído pelo próprio produtor", atesta ele.

Além disso, permite o acesso às ostras independente da amplitude da maré, reduzindo a carga de trabalho. Possibilita, ainda, o deslocamento da estrutura de cultivo e da criação inteira para a margem e locais alternativos de manejo, a fim de proteger os moluscos de problemas que comprometem a produção, a exemplo da alta salinidade, fortes correntes, sol intenso, contato prolongado com o ar quente e outras intempéries.

A tecnologia resulta do projeto Bases Tecnológicas para a Produção Sustentável de Ostras nativas no Norte e Nordeste do Brasil (Ostranne), liderado pela pesquisadora da Embrapa Angela Legat.

O pesquisador da Embrapa Jefferson Legat, que coordenou o desenvolvimento da tecnologia, ressalta que os resultados obtidos corroboraram estudos anteriores realizados pela Empresa em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Tais estudos comprovaram que ostras de um mesmo lote, cultivadas em áreas tropicais, apresentaram melhor desempenho zootécnico quando cultivadas com maior tempo de submersão e menor tempo de exposição ao ar e ao sol.

Vantagens:
Permite acessar ostras independente da amplitude da maré;
Ostras permanecem no nível ideal da lâmina d'água;
Maior taxa de crescimento e sobrevivência de indivíduos;
Possibilita deslocamento da estrutura de cultivo com facilidade;
Validada em campo com produtores da região.

Leia matéria da Embrapa a respeito:
Pesquisa desenvolve mesa flutuante de baixo custo para cultivo de ostra nativa
https://www.embrapa.br/busca-de-notic...