De uma Nação Rica nos anos 60 ao mais Pobre da América Latina

#importação #exportação #comercioexterior

"A liberdade é a força motriz da prosperidade"
Ludwig Von Mises

Em 1960, a Venezuela chegou a ser apelidada de “Venezuela Saudita” em alusão a quantidade de petróleo em suas reservas naturais. Dona de uma quantia de petróleo de mais 280 milhões de barris, é a maior reserva do mundo, daí a expressão petrodólares cunhada pelos venezuelanos.

Infelizmente, não sabendo gerir tamanha riqueza, alcançou a proeza de ocupar o segundo lugar de país mais pobre do mundo atras apenas do Zimbabue.

O petróleo, apesar de ser uma receita praticamente garantida a nação, é finito e demanda tecnologia em sua extração, além logicamente de infraestrutura necessária para escoar sua produção.

A ideologia socialista não permite o olhar para outras oportunidades e centraliza sua economia toda em uma única fonte.

Economicamente falida, nos últimos anos, 7 milhões de venezuelanos migraram para outros países, somente no Brasil estima-se a presença de 600 mil.
Com uma população de 28 milhões de habitantes, sua moeda, o Bolívar Venezuelano, não vale quase nada, um dólar americano equivale a 3.661.000,00 bolívares.

A hiperinflação tomou conta do mercado interno e a taxa de desemprego bateu 35,6%, ou seja, mais de um terço da população se encontra desempregada.

De janeiro a julho de 2024, o Brasil exportou para a Venezuela a quantia de USD 525 milhões de dólares e importou, USD 227 milhões, nossa pauta exportadora é majoritária de alimentos e commodities em geral, na importação, são adubos, fertilizantes, alumínio e derivado de petróleo.

Exportar para a Venezuela demanda pagamento antecipado não somente da mercadoria como também do frete internacional, apesar de suspensa do Mercosul e com sanções econômicas, recebe as cargas brasileiras principalmente pelos modais marítimo e rodoviário. No rodoviário, não se pode fazer o cruze com caminhões brasileiros, pois há uma cooperativa de transportes venezuelanos que monopoliza esta atividade na fronteira em Pacaraima em Roraima.

A estatização das multinacionais foi a pá de cal para afugentar os investidores estrangeiros gerando uma dívida externa de mais de USD 67 bilhões de dólares inclusive com o Brasil.

A Venezuela urge por mudança e empatia, espero que ocorra um desfecho favorável muito em breve para o legítimo ganhador da eleição presidencial de 2024.