Meralgia parestésica - Dor e formigamento na parte de fora da coxa

Описание к видео Meralgia parestésica - Dor e formigamento na parte de fora da coxa

Nesse vídeo falarei sobre a meralgia parestésica, uma
das causas de dor e formigamento na parte de fora
da coxa, ma s antes eu gostaria de lembrar que esse
canal fala sobre os principais diagnósticos e tratamentos relacionados a a
dores crônicas, então, se você tem interesse sobre o assunto,
considere se inscrever e, se você gostar dessas informações, curta
esse vídeo porque isso ajuda muito o nosso trabalho.
Para que vocês entendam corretamente o que é meralgia parestésica
eu preciso explicar antes o que é o nervo cutâneo femoral
lateral. Este nervo, ele é formado aqui nas raízes de L2
e L3 da coluna lombar, entre a segunda e a
terceira vértebra lombares, e ele vai passar aqui abaixo da
virilha inervando essa
parte aqui lateral da coxa. Em alguns casos,
como eu vou mostrar na sequência, ele
pode ser comprimido causando bastante dor.
Então fundamentalmente é isso que acontece: esse nervinho, ele passa
na região da virilha abaixo de uma estrutura chamada
ligamento inguinal, em alguns pacientes, ele pode estar comprimido
nessa região e quando isso acontece ele pode então
causar bastante desconforto. E esse desconforto vai se manifestar
basicamente com quadro de dor, que parece uma queimação, formigamento
e, eventualmente dormência, na parte externa, na parte
lateral da coxa, na parte de fora, muitas vezes
piorando quando o paciente estica as pernas, melhorando
como repouso. Alguns pacientes tem mais chances de desenvolver
esse tipo de problema, desenvolver esse tipo de compressão
desse nervo.
São eles: os pacientes que têm obesidade ou eventualmente
gestantes, porque isso aumenta a pressão no abdômen e
pode favorecer a compreensão; alguns pacientes que usam roupas
calças ou cintos muito apertados na região da virilha
também pode aumentar as chances de compressão desse nervinho;
pacientes com diabetes, porque o Ddabetes faz o nervo
inchar um pouquinho, isso pode favorecer a sua compressão
e também muito importante, pacientes que são submetidos a
longos procedimentos em que ele fica de barriga para
baixo, por exemplo cirurgia de coluna.
Mais recentemente, muito importante também, são os pacientes
que têm covid na sua forma grave, porque
esses pacientes ficam muito tempo na UTI de
barriga para baixo, para favorecer a ventilação mecânica,
e isso pode comprimir o nervo cutâneo lateral
da coxa. O diagnóstico do problema se
dá em fundamentalmente três etapas: a primeira é a etapa
clínica, nós precisamos entender as características e a
localização da dor do paciente, para suspeitar da
meralgia parestésica. Na sequência fazemos um exame físico
onde conseguimos documentar algumas alterações da sensibilidade no
trajeto desse nervo em questão. Exames complementares são
muito importantes, eu ressalto dois tipos, o primeiro
é a eletroneuromiografia que vai então medir a
condutividade elétrica dos nervos da perna,
inclusive esse nervo cutâneo lateral da coxa; exames de
imagem como a ressonância também são importantes para avaliar
se não tem outro tipo de compressão sobre esse
nervo. E por fim o bloqueio diagnóstico, o bloqueio
diagnóstico consiste na introdução de uma agulha fininha,
guiada pela ultrassonografia ao lado desse nervo com a
injeção de uma substância anestésica.
Então se o paciente melhora sua dor após essa injeção,
nós temos mais certeza ainda de que
aquele nervo era o causador da dor.
O tratamento também é feito em etapas, de modo
que inicialmente é muito importante ajudar o paciente alterar
alguns hábitos de vida, exemplo: se o paciente está
muito acima do peso, ele precisa perder parte desse
peso para aliviar a compressão sobre esse nervo; se
ele usa cintos ou calças muito apertadas é importante
orientá-lo a parar de usar. É claro, se a
paciente é uma gestante nós precisamos aguardar o nascimento
do bebê para que essa pressão do abdômen diminua
significativamente. Alguns medicamentos podem ajudar e como trata-se de uma
dor neuropática, os melhores medicamentos acabam sendo da classe
dos anticonvulsivantes que têm a propriedade de estabilizar neurônios
que causam convulsão e também de estabilizar neurônios que causam dores neuropáticas
exemplos são vários em especial pregabalina e gabapentina.
Quando essas duas medidas anteriores não
dão resultado nós vamos escolher
então os procedimentos intervencionistas, sempre partindo daquilo
que é mais simples para aquilo que
é mais complexo, sempre escolhendo procedimentos menos
invasivos e só escolhendo os mais invasivos
quando os primeiros falham.
Então a primeira opção,
com certeza é o bloqueio, ou infiltração, guiada
pela ultrassonografia. Nesse procedimento nós vamos localizar o
nervo através da ultrassonografia, vamos guiar uma agulha
fininha ao redor desse nervo e injetar uma substância anestésica e
anti-inflamatória, isso pode ser útil em muitos casos.

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