Introductory note:
Below the text in portuguese you can read him translated into english.
... Estávamos em 1981, quando o canadiano Bryan Adams, então ainda um novato desconhecido, expôs ao mundo o seu segundo trabalho de estúdio – “You Want It You Got It”.
Entre as 10 faixas que “deram corpo” ao mesmo, encontrava-se esta indelével melopeia...
O artista saiu do anonimato para a ribalta, em transição vertiginosa, e nós podemos usufruir de tudo isso, deleitados...
Composição épica, memorável e caleidoscópica...
Antes como ouvinte, ora como intérprete da pujante e "encorpada" assinatura percussiva, um grande sortilégio ter tido contato com ela...
Os Gregos acreditavam que a noite era filha do caos e mãe do Céu e da Terra, geradora do sono e prenúncio da morte, dos sonhos, das angústias, da ternura e do engodo.
Os Maias usavam o mesmo glifo para representar a noite e a analogia com a finitude.
Na teologia mística, a noite simboliza a privação de toda evidência e de todo suporte psicológico, dissolvendo todo o conhecimento analítico exprimível. Como obscuridade seria um caminho para a purificação do intelecto, enquanto que num simbolismo de vazio e despojamento representaria a purificação da memória dos desejos e afetos.
Encontramos ainda a noite como simbolismo do tempo das gestações, das germinações e das conspirações que irão desabrochar ao amanhecer do dia como manifestações de vida.
Na minha humilde idiossincrasia, a noite espelha o nosso inconsciente - o nosso portal para o Campo Enérgico Imanente -, que se libera através do sono, de acordo com a "Dualidade Universal":
"As Trevas" que tudo fazem para reinar; e a preparação da chegada da "Luz" que brotará ao raiar o dia, com vista a restabelecer o justo, prazeroso e pacificador equilíbrio...
Na visão deste protagonista, que sente, enxerga e aquiesce com toda a simbologia supra citada, a noite representa, então, mais um "binômio colidente e antagônico" que pauta a existência ontológica:
A capacidade regeneradora imposta pelo anúncio de um novo dia versus a constatação da fugacidade da vida terrena...
Marco
... We were in 1981, when the canadian Bryan Adams, then still an unknown novice, exposed to the world his second studio work - "You Want It You Got It".
Among the 10 tracks that "gave body" to it, there was this indelible song...
The artist went from anonymity to the limelight, in a dizzying transition, and we can enjoy it all, delighted...
Epic, memorable and kaleidoscopic composition...
Before as a listener, now as an interpreter of the vigorous and "full-bodied" percussive signature, a great spell to have had contact with her...
The Greeks believed that the night was the daughter of chaos and the mother of heaven and earth, the generator of sleep and the harbinger of death, dreams and anguish, tenderness and deception.
The Mayans used the same glyph to represent the night, the interior of the land and finitude.
In mystical theology, the night symbolizes the deprivation of all evidence and psychological support, dissolving all expressive analytical knowledge. As obscurity it would be a path for the purification of the intellect, while in a symbolism of emptiness and deprivation it would represent the purification of memory, as well as dryness, alluding to the purification of desires and sensitive affections.
We also find the night as symbolism of the time of pregnancies, germinations and conspiracies that will blossom at dawn as manifestations of life.
In my humble idiosyncrasy, the night mirrors our unconscious - our portal to the Immanent Energetic Field -, which is released through sleep, according to the "Universal Duality":
"The Darkness" that does everything to reign; and the preparation for the arrival of the "Light" that will spring up at daybreak, with a view to reestablishing the just, pleasant and peaceful balance...
In the view of this protagonist, who feels, sees and acquiesces with all the cited symbology, the night represents yet another "colliding and antagonistic binomial" that guides our ontological existence:
The regenerative capacity imposed by the announcement of a new day versus the finding of the fleetingness of life...
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