Como a História constrói misoginia ao invisibilizar as figuras femininas | Dia da Mulher

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A História é feita por homens e mulheres. Mas é contada através dos homens. Há um monopólio do protagonismo masculino cisgênero nos registros históricos, silenciando as personagens femininas que foram igualmente - ou, por inúmeras vezes, mais - importantes em marcos e evoluções da humanidade.

Você sabia que a independência do Brasil - proclamada por D. Pedro I - foi, na verdade, arquitetada por uma mulher? Maria Leopoldina, a primeira imperatriz do Brasil, esposa do “homem-herói” da nossa história, foi quem tomou a frente naquele momento crucial de ruptura entre a colônia latino-americana e Portugal. O então príncipe regente Dom Pedro de Alcântara tendia a retornar a Lisboa, como ordenava a corte, mas Maria Leopoldina - que circulava com astúcia na política e outras esferas de poder - convenceu o marido a ficar, por avistar um futuro mais promissor em terras brasilis.

Mas quem protagoniza esse fato na história oral, nos livros e em outros produtos culturais que retratam o Dia do Fico? O quadro “Independência ou Morte”, de Pedro Américo, que conta, em imagem, para o mundo, como foi o grito do Ipiranga, só pinta silhuetas e rostos masculinos. Isso é sintomático de uma cultura machista, ao mesmo tempo em que a reforça ao longo de décadas até hoje.

Neste vídeo, o professor Leandro Karnal traz esse e outros nomes femininos marcantes na História brasileira - na política, na ciência, na economia, na literatura, na música e no esporte. Seria impossível citar todas as mulheres que merecem ocupar os seus lugares de destaque e que acabam silenciadas pelo viés patriarcal. Mas nessa dezena de nomes elencados nesse vídeo, é possível ter uma noção da relevância dessas mulheres - e do quanto seguem invisíveis.

8 de março, Dia Internacional da Mulher, serve para isto: levantar a discussão fundamental da invisibilização da mulher. O quanto isso segue se perpetuando? Olhar para o passado - distante e recente - é um importante recurso para se alcançar clareza sobre padrões nocivos tão presentes.

Resgatar o papel transformador e revolucionário da figura feminina na História não consiste em vaidade de gênero - se é que se precisa justificar tal argumento. É questão primordial de igualdade, o antídoto para a misoginia. Subvalorização da mulher no mercado de trabalho, etarismo machista, violência contra a mulher e outros desdobramentos misóginos advêm de uma História mal contada. E quando esta não se retrata, acaba por reforçar o erro que construiu.

Que outras mulheres você destaca na nossa História? Comente 👇🏽

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