Lógica de Aristóteles | Introdução Geral à Filosofia | Prof. Vitor Lima | Aula 25

Aula 25 | Lógica de Aristóteles | Introdução Geral à Filosofia

Para Aristóteles, os estudos lógicos não pertencem a nenhum dos três campos: não estudam o ser em separado (Filosofia Teórica), não estudam a ação humana (Filosofia Prática), não estudam os produtos da ação humana (Filosofia Produtiva). Servem, antes, como estudos iniciais e instrumentais em todos os campos. Isso ocorre porque consideram as normas que deve seguir qualquer tipo de discurso com o objetivo de demonstrar algo. Nesse sentido, estuda como o pensamento procede quando almeja enunciar discursos verdadeiros, qual a estrutura do raciocínio, decompondo-o em seus elementos e estabelecendo as leis de inter-relação entre essas partes .

Aristóteles inventou o nome “Lógica”?

Não, Aristóteles não inventou, nem cunhou esse nome para os seus estudos. Um nome célebre para se referir a suas pesquisas é Órganon, que significa “instrumento”. Esse termo foi introduzido por Alexandre de Afrodisia para designar a lógica em seu todo – a partir do séc. VI foi utilizado como título do conjunto dos escritos lógicos aristotélicos. O termo “Lógica” remonta a Cícero e provavelmente é de origem estoica. Aristóteles preferia usa a palavra “analítica”, sendo Analíticos o título dos principais escritos do Órganon.

A palavra vem do grego analysis, que quer dizer “decomposição”, “quebra do todo em suas partes”. Trata-se de um método em que se busca encontrar os elementos que constituem enunciado: sua enunciação em formato de proposição, seus termos, suas premissas e a inferência que permite a passagem de informação anterior até chegar no enunciado propriamente dito. Aristóteles cunha um termo para nomear a principal forma de raciocínio – a articulação entre proposições de modo a gerar uma nova proposição: silogismo. Sua Teoria do Silogismo é a maior contribuição à História da Lógica e, de fato, inicia os estudos lógicos tais quais são conhecidos até hoje.


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► Bibliografia utilizada:

CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. 12ª ed. 5ª imp. São Paulo: Editora Ática, 2002.
MARCONDES, Danilo, JAPIASSÚ, Hilton. Dicionário básico de Filosofia. 2ª ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1991.
REALE, Giovanni. Introdução a Aristóteles. Tradução de Eliana Aguiar. Rio de Janeiro: Contraponto, 2012.

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