Existem mais de 1500 espécies de cigarras e seu tamanho varia de 2 a 13 cm de comprimento.
Conhecida por todos, principalmente por sua "cantoria", a cigarra é um inseto com ciclo de vida curioso e pouco conhecido.
A cantoria conhecida é produzida pelos machos, para atrair a fêmeas para o acasalamento.
Algumas espécies maiores conseguem atingir os 120 decibéis, enquanto algumas espécies menores conseguem atingir frequências que os humanos não conseguem ouvir. Os cães muitas vezes conseguem ouvir esse canto e é normal uivarem por esse motivo.
As fêmeas também produzem som, mas em volumes bem mais baixos do que os machos.
As cigarras se protegem contra o volume intenso de seu próprio canto. Tanto o macho como a fêmea possuem um par de membranas que funcionam como orelhas. São os tímpanos, conectados ao órgão auditivo por um pequeno tendão que reage quando o macho canta, para que o som alto não lhes provoque danos.
Esse período de canto e acasalamento acontece durante os meses quentes do ano, o que varia de acordo com a região geográfica.
Este período se inicia quando elas saem do subsolo e realizam sua última muda, se transformando nas cigarras que conhecemos.
Após o acasalamento, as fêmeas fazem rachaduras nos caules de plantas hospedeiras e depositam centenas de ovos, o que não acontece necessariamente de uma vez. Após isso, elas morrem.
No total, este ciclo, de sair da terra, acasalar e morrer, dura de 1 semana a 1 mês.
Depois que os ovos eclodem, as jovens cigarrinhas, que nada parecem com as cigarras na forma que maioria conhece, descem até o chão usando fios de seda. No chão, elas cavam tuneis e passam a viver no subsolo.
É nesta fase que a cigarra passa a maior parte da vida, vivendo de 1 a 17 anos no subsolo, a uma profundidade que varia de 30cm a até 2,5 metros, dependendo da espécie.
As espécies brasileiras vivem de 1 a 2 anos no subsolo.
Durante este tempo no subsolo, as jovens cigarrinhas se alimentam sugando a seiva das plantas pela raiz, causando sensíveis prejuízos pela quantidade de líquidos vitais que retiram e pelos ferimentos causados às raízes, facilitando a penetração de fungos e bactérias.
As cigarras são vistas como pragas em algumas culturas, como as de eucaliptos, abacates e principalmente a de café, podendo ser encontrados milhares de filhotes nas raízes, chegando a matar a planta.
Na fase adulta, também se alimentam de seiva, mas retiradas diretamente dos caules.
As cigarras têm sido comidas por humanos na China, Malásia, Birmânia, América Latina, Congo e nos Estados Unidos. No Norte da China, as cigarras são assadas ou fritas e servidas como guloseima.
A crença de que as cigarras cantam até "explodir", não é verdadeira. O fato de verem a "casca" da cigarra presas às árvores, levou a criação desta crença, mas na verdade são o exoesqueleto do inseto que realizou a última muda, concluindo sua forma adulta, a da cigarra que conhecemos.
Canon XF400
José de Carvalho Neto
Ibitipoca - MG - Brazil
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