Análise do poema "Triste Bahia", de Gregório de Matos: o microtexto e o macrotexto.

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"VOCÊ EM CASA E O IFPI EM MOVIMENTO"
Prof. Daniel Glaydson Ribeiro - IFPI Campus Cocal

"Triste Bahia! ó quão dessemelhante
Estás e estou do nosso antigo estado!
Pobre te vejo a ti, tu a mi empenhado,
Rica te vi eu já, tu a mi abundante.

A ti trocou-te a máquina mercante,
Que em tua larga barra tem entrado,
A mim foi-me trocando e tem trocado
Tanto negócio e tanto negociante.

Deste em dar tanto açúcar excelente
Pelas drogas inúteis, que abelhuda
Simples aceitas do sagaz Brichote.

Oh se quisera Deus que de repente
Um dia amanheceras tão sisuda
Que fôra de algodão o teu capote!"

Gregório de Matos Guerra (1636-1696)

Relação intertextual de emulação, recriação poética:

"Formoso Tejo meu, quão diferente
te vejo e vi, me vês agora e viste:
turvo te vejo a ti, tu a mim triste,
claro te vi eu já, tu a mim contente.

A ti foi-te trocando a grossa enchente
a quem teu largo campo não resiste;
a mim trocou-me a vista em que consiste
o meu viver contente ou descontente.

Já que somos no mal participantes,
sejamo-lo no bem. Oh! quem me dera
que fôramos em tudo semelhantes!

Mas lá virá a fresca primavera:
tu tornarás a ser quem era de antes,
eu não sei se serei quem de antes era."

Rodrigues Lobo (1580-1622)

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