Programa de conferências "Desdobramentos do readymade" | David Santos (DGPC), "Objetualismo, (...)

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"Objetualismo, iconografia e sociedade de consumo: uma prática apropriacionista na afirmação da Pop Art", por David Santos (DGPC).

Conferência apresentada em 24-05-2018, integrada no Programa de conferências “Desdobramentos do readymade”, realizado no Museu Coleção Berardo.

Após a rutura nominalista que significou o apropriacionismo do readymade duchampiano, a Pop Art assumiu a apropriação de objetos da cultura de massa e da sociedade de consumo como derradeira hipótese de um realismo na segunda metade do século XX, substituindo a
base mimética do realismo tradicional por uma base puramente semiótica. Ao abandonar a observação da natureza, os artistas privilegiavam agora, como referência essencial, a cultura e
os seus modos de expressão, entendidos sobretudo enquanto sistema fabricado de signos que invade e determina a nossa consciência. Por outro lado, essa nova lógica de criatividade artística que apresentava a apropriação, a citação e o simulacro como agentes de inventividade
primordiais acentuava o diálogo e o confronto entre cópia/repetição e original/origem.
Podemos afirmar porém que, na prática artística, o original não significa a pureza que sofre um abuso por parte da cópia, mas, tal como nos lembram Benjamin H.D. Buchloh e Hal Foster, só se afirma verdadeiramente com o auxílio da repetição que a cópia promove, ou seja,
beneficia dos efeitos da Nachträglichkeit, ou “ação diferida”, conceito inventado por Freud para definir a origem a partir da sua posteridade. O que a Pop Art parece de algum modo confirmar é que tudo só existe na exata medida da sua repercussão, isto é, enquanto efeito de
repetição, citação e reapropriação ao longo do tempo. Porque é sempre como sentido retroativo que uma imagem, assim como uma ideia ou um valor, se mantém operante no contexto de novas circunstâncias, distantes já daquelas que favoreceram o seu primeiro aparecimento.

Biografia
David Santos é historiador de arte e curador de arte moderna e contemporânea. Doutorado em Arte Contemporânea pelo Colégio das Artes da Universidade de Coimbra. É atualmente Subdiretor-Geral do Património Cultural. Foi Curador-Geral da BF16; Diretor do Museu do
Neo-Realismo de 2007 a 2013 e Diretor do Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado de 2013 a 2015. Autor de diversos estudos sobre arte publicados em catálogos e volumes coletivos, publicou ainda “Marcel Duchamp e o readymade – Une Sorte de Rendezvous” (Assírio & Alvim, 2007) e “A Reinvenção do Real – Curadoria e Arte Contemporânea no Museu do Neo-Realismo”, (Documenta, 2014). Foi distinguido em 2015 com o Prémio (ex aequo) de Crítica e Ensaística de Arte e Arquitetura – AICA/FCC, e ainda com o Prémio APOM de Investigação. É docente convidado do ensino superior na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa Foi crítico de arte nos semanários “Já” (1996), “O Independente” (1997-2000), e nas revistas “Arte Ibérica” (1997-2000), “Artecapital.net” (2006-2007) e “Arqa – revista de arquitectura e arte” (2000-2013).

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Programa de conferências “Desdobramentos do readymade” que aconteceu no dia 24-05-2018, no Museu Coleção Berardo .

Este programa de conferências procura perspetivar as ruturas artísticas introduzidas pelo readymade duchampiano e as múltiplas “ressonâncias” deste nos desenvolvimentos da arte contemporânea produzida entre 1960 e a atualidade.

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Nestas cinco conferências, propomos refletir sobre as relações, continuidades e deslocações que o readymade mantém com estes momentos particulares da arte contemporânea — sem esquecer de olhar para o ano de 1914, em que um secador de garrafas, apresentado como objeto artístico, mudaria o curso da história da arte, assim como a própria ideia de arte.

Programa
09h45. Acreditação
10h15. Abertura
10h30. Antinomias do readymade
Pedro Lapa (FLUL)
11h30-11h45. Pausa
11h45. Objetualismo, iconografia e sociedade de consumo: uma prática apropriacionista na afirmação da Pop Art
David Santos (DGPC)
12h45-14h15. Almoço
14h30. Duchamp disse: “isto é uma obra de arte”; Broodthaers disse: “isto não é uma obra de arte”
Sofia Nunes (FCSH)
15h30. Pictures como readymade
Susana Lourenço Marques (FBAUP)
16h30-17h00. Pausa
17h00. Os filhos ideias de Duchamp
Luísa Ribas (FBAUL)

Organizado pela Revista Contemporânea em parceria com o Museu Coleção Berardo, com curadoria de Sofia Nunes.

Saiba mais aqui https://pt.museuberardo.pt/educacao/a...


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