Puçanga - Maldigo (Video)

Описание к видео Puçanga - Maldigo (Video)

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CRÉDITOS:

SINGLE 'Maldigo' (2024)

Composição, produção e voz: Puçanga
Letra: PuçangaVozes: Álvaro Monteiro, Helena Pato
Gravação: Takhi Records; Centro Juvenil de Montemor-o-novo
Mistura e Masterização: Henrique Apolinário
Artwork: Outros Ângulos

VIDEOCLIP 'Maldigo' (2024)

Conceito: Outros Ângulos e Puçanga
Câmara: Outros Ângulos
Edição: Outros Ângulos
Correção de cor: Outros Ângulos
Roupa: ANAX, Mark Angelo Harrison


LETRA:

cálice de ouro que nunca chega
nostalgia e rendição,
é tudo cíclico, tudo em vão,
lenga lenga, são sebastião

cresci num país com uma maldição
sussurra no ouvido mas pede perdão
simbologias servidas frias
todas as pátrias inventam

brandos costumes com sabor amargo,
língua áspera e coração amputado,
tanto me faz se o corpo
não responde ao que eu preciso
fala baixo, a parede tem ouvidos

maldigo o que ouvimos dos nossos pais
senhores da PIDE mentais
nossas línguas fantasmas oficiais
maldigo a nação e o fado,
maldição, sinto-a a enrolar no vento,
mas a minha alma está de luto,
e pergunto ao vento que passa,
porque as notícias do meu país são tão tristes
mas maldigo de pé
tenho fúria
e também tenho fé
no meu maldizer
perigoso é esquecer
quando a tua casa se torna
o vale de lágrimas

maldigo o hastear altivo da bandeira,
complacência criminosa na assembleia
maldigo capital infernal e southbay
very traditional, ya eu sei
maldigo as caras duras no café,
opiniões repetidas da cmtv
conversas babadas d'orgulho ultramar,
honradas elites em primeiro lugar
maldigo crimes absolvidos que se esquece
família, identidade, ranço e catequese
maldigo a paz, os acordos e a guerra,
que tornam tão férteis as terras,
tão bem nutrida a vossa europa,
mas porque é que imploram por gente na tropa?
europa unida por um fio de pesca,
pescadinha de rabo na boca
a fruta está podre, já não se remenda,
só bem cozidinha, num país à venda
maldigo abril que não deu frutos
suficientes pra chegar aos netos
mas olha pro reflexo das estrelas,
não tenhas medo de perdê-las,
vêm do passado mas podes vê-las,
ainda podes vê-las
lembra, esquecer é perigoso

mas
se o futuro quiser arder de novo,
arderáááá


mas maldigo de pé
tenho fúria
e também tenho fé
no meu maldizer
perigoso é esquecer
quando a tua casa se torna
o vale de lágrimas

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