MEU NOVO SISTEMA DE CRENÇAS – MORELISMO

Quando eu deixei de ser espírita nunca foi meu objetivo viver sem crenças. Minhas críticas sempre foram direcionadas aos sistemas de crenças fechados, aos pacotes de crenças prontos e acabados, ou seja, sistemas que se proponham a ter respostas para tudo e que não permitam ajustes ou acréscimos.
Ainda no início do canal Questionando Crenças eu publiquei um vídeo chamado O caminho de volta, em que tratei das diretrizes que norteavam o meu trabalho: percorrer todo o caminho de volta das crenças, ou seja, repassar pela minha percepção atual todas as crenças que de algum modo eu tinha abraçado, me livrar de toda crença que fosse inútil ou prejudicial e ficar com o que eu considerasse proveitoso.
A maior parte das percepções que eu apresento hoje são percepções que eu já tinha mesmo quando era espírita, pouca coisa é novidade. Aliás, é possível que nada que eu apresente hoje seja inédito, que outros pensadores ao longo do tempo não tenham captado, trabalhado e externado publicamente.
Nunca foi e não é o meu objetivo criar um sistema de crenças fechado. Apresento minhas percepções, apresento ideias que eu capto ou que tenha aprendido ao longo da vida, e, se isso se encaixa de alguma forma, é mérito das ideias, não meu.
Não tenho vocação para guru ou para líder. Não poderia aspirar a qualquer espécie de liderança porque sou avesso a hierarquia. Mas o mundo é formado por ideias. Nossa própria percepção do mundo, em grande medida, é uma percepção ideal, ou seja, é fortemente influenciada pelas ideias que adotamos.