Terapia do espelho

TERAPIA DO ESPELHO

Nos anos 90, descobriu-se a existência de neurónios nos lobos frontais e parietais, chamados de neurónios espelhos. Estes neurónios possuem modalidades de comando, visão e proprioceção que parecem estar relacionados com a eficácia da Terapia do Espelho.
A Terapia Ocupacional utiliza a Terapia do Espelho, de fácil aplicabilidade, no tratamento de várias condições neurológicas, desde o tratamento da dor do membro fantasma, em casos de amputação (objectivo para o qual foi inicialmente desenvolvida), ao tratamento das sequelas do traumatismo crânio encefálico (TCE) e Acidente vascular cerebral (AVC).
Esta intervenção é realizada por meio de um espelho posicionado entre os membros superiores, de modo sagital, e na realização de vários movimentos com o membro superior saudável. Deste modo, pretende-se reeducar o cérebro e promover uma ilusão visual e cinestésica, uma vez que os movimentos ao serem refletidos pelo espelho promovem um feedback visual do membro lesado, gerando a sensação de dois membros funcionais, como se o membro afectado estivesse a realizar movimentos saudáveis no hemicampo negligenciado.
No que respeita a reabilitação pós AVC, alguns cientistas, acreditam que a Terapia do Espelho influencia positivamente a evolução motora, uma vez que esta propicia ao paciente um estímulo visual apropriado, substituindo a propriocepção que se encontra frequentemente diminuída ou até mesmo ausente. Segundo estudos aplicados, demonstram que a amplitude, a velocidade e a precisão dos movimentos do membro lesado apresentam modificações significativas com a Terapia do Espelho.