Saudades dos Aviões da Panair | André Mehmari e Monica Salmaso (Vídeo Oficial)

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Saudades dos Aviões da Panair | André Mehmari e Monica Salmaso (Vídeo Oficial)

A música de Milton Nascimento está entranhada na alma do povo brasileiro, é a trilha sonora do país há várias décadas. A atemporalidade de sua obra é tal, levando a crer que, de uma certa forma, ela sempre esteve presente nas ruas e matas do Brasil, mesmo antes dele existir.

André Mehmari Monica Salmaso juntos, lançam ‘Milton’, pela Biscoito Fino, justamente no dia 26 de outubro, quando se celebram 80 anos de um dos mais importantes artistas brasileiros. Mônica e André já percorreram algumas cidades brasileiras com o show homônimo, mas agora o projeto ganha seu registro definitivo.

Parceiros na música há muitos anos, eles se reuniram durante o período de isolamento para gravar o trabalho ‘Quarentena’, veiculado no youtube.
A escolha do repertório aconteceu de forma muito natural, como costumam ser os encontros entre os dois, parceiros há mais de 20 anos. Profundo conhecedor da obra de Milton, André deu autonomia para que Mônica escolhesse as músicas que gostaria de cantar. O único pedido foi a inclusão de ‘Paixão e fé’, uma composição de Tavinho Moura e Fernando Brant, imortalizada na voz de Bituca.

O processo de gravação também foi muito rápido. O disco foi gravado em um único dia, 14 de dezembro de 2020, no estúdio Monteverdi, em São Paulo. Além de piano, André toca também marimba de vidro. Teco Cardoso é o único músico convidado, participando de duas faixas: em ‘A terceira margem do rio’ toca flauta baixo; já em ‘Milagre dos peixes’, toca sax soprano.

O repertório traz ainda ‘A lua girou’, ‘Noites do sertão’, ‘Saudades dos aviões da panair’, ‘Canção amiga’, ‘Casamiento de negros’, ‘Credo’ e ‘Paula e Bebeto’, uma citação de ‘San Vicente’, além da leitura de um trecho de ‘A terceira margem do rio’, conto de Guimarães Rosa.

Mônica e André não escondem o entusiasmo em apresentar esse trabalho e poder participar da celebração de 80 anos de Milton Nascimento.

Letra:

Lá vinha o bonde no sobe e desce ladeira
E o motorneiro parava a orquestra um minuto
Para me contar casos da campanha da Itália
E o tiro que ele não levou

Levei um susto imenso nas asas da Panair
Descobri que as coisas mudam
E que tudo é pequeno nas asas da Panair
E lá vai menino xingando padre e pedra

E lá vai menino lambendo podre delícia
E lá vai menino senhor de todo o fruto
Sem nenhum pecado sem pavor

O medo em minha vida nasceu muito depois descobri
Que a arma é o que a memória guarda
Dos tempos da Panair
Nada de triste existe que não se esqueça

Alguém insiste e fala ao coração
Tudo de triste existe e não se esquece
Alguém insiste e fere o coração
Nada de novo existe nesse planeta
Que não se fale aqui na mesa de bar

E aquela briga e aquela fome de bola
E aquele tango e aquela dama da noite
E aquela mancha e a fala oculta
Que no fundo do quintal morreu
Morri a cada dia dos dias que eu vivi
Cerveja que tomo hoje é apenas em memória
Dos tempos da Panair

A primeira Coca- Cola foi me lembro bem agora
Nas asas da Panair
A maior das maravilhas foi voando sobre o mundo
Nas asas da Panair

Em volta desta mesa velhos e moços
Lembrando o que já foi
Em volta dessa mesa existem outras falando tão igual
Em volta dessas mesas existe a rua
Vivendo seu normal
Em volta dessa rua uma cidade sonhando seus metais
Em volta da cidade

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