Meristemas (Tecidos vegetais embrionários)

#Biologia #Botânica #Meristemas
Aula voltada para o Ensino Médio e estudantes do ENEM sobre os meristemas.
Roteiro logo abaixo.
Devido a falta de espaço não é possivel colocar a bibliografia do vídeo, caso queira, entre em contato e eu envio.

Roteiro do vídeo:
Como todo organismo pluricelular, as plantas possuem diferentes tipos de células especializadas em diferentes funções, que nós chamamos de tecidos. No caso das plantas já vimos em uma outra aula do canal os tecidos vegetais adultos (TUMB tecidos vegetais adultos), porem como eles chegaram lá? Como eles foram criados?
Então hoje nós iremos falar sobre os tecidos vegetais embrionários, ou também chamados de meristemas.
Esses tecidos por essência se caracterizam por uma grande capacidade de divisão de células, eles surgem logo quando a planta ainda é um embrião, ou semente, e serve para fazer a planta crescer, logo ele é especializado em fazer diversos processos de mitose. As células aqui tem características próprias pois são pequenas, com parede celular, delgadas, não possuem muitos espaços intercelulares, o núcleo é grande e geralmente ocupa posição no meio da célula, o citoplasma é bastante homogêneo e os vacúolos são pequenos ou não são presentes. Ou seja, são muito mais simples que as células dos tecidos adultos, pois servem exatamente para fazer o crescimento vegetal.
Claro que não existe apenas meristemas como um todo e sim esse grupo de tecidos é dividido em dois tipos, os meristemas primários e os secundários, vamos então falar dos meristemas primários.
São meristemas que vão aparecer nas pontas dos caules e nas raízes, e são como pioneiras, elas surgem para fazer o caule crescer para cima ou a raiz crescer para baixo. Conforme ele vai crescendo, suas células vão se modificando até se diferenciarem nos tecidos vegetais adultos, por conta disso, o meristema primário é subdividido em três partes conforme o crescimento da estrutura.
Dermatogênio ou protoderme – responsável pela formação da epiderme.
Periblema ou meristema fundamental – responsável pela formação da casca ou córtex, cujo limite é feito pelo endoderma.
Pleroma ou procâmbio – responsável pela formação do cilindro vascular.
O ponto vegetativo caulinar é mais complexo do que o radicular, ou seja, o meristema dos caules é mais complexos do que os das raízes, porque sua atividade envolve a formação dos primórdios foliares e das gemas laterais. Outra diferença é que no caule nunca se forma uma estrutura igual ou equivalente à coifa, que vimos nas aulas de raízes daqui do canal (TUMB Raízes) que no caso é formada por outra parte do meristema primário chamada de caliptrinogênio.
E como eu disse, existem duas estruturas no caule que são produzidos lateralmente a seu eixo por novas células, algumas irão originar os primórdios foliares, que rapidamente crescem e se transformam nas folhas adultas, e as gemas axilares, cujas células permanecem meristemáticas primárias em repouso. Depois de um tempo essas gemas podem desenvolver-se para formar ramos caulinares ou ramos florais.
Todo esse crescimento é chamado de crescimento primário pois a planta sofre praticamente apenas distensões do seu tamanho, ou seja, ela só irá crescer verticalmente com pouquíssimos aumentos horizontais, normalmente apenas para sustentar o crescimento vertical.
Agora o segundo tipo de meristema é o meristema secundário, que será responsável por fazer o crescimento lateral da planta, ou seja, ele irá fazer a planta engrossar. Eles podem ser subdivididos dependendo do tipo de célula desse meristema, sendo:
Felogênio: surge na região da casca do caule e da raiz, produzindo novas células para fora (sentido centrífugo), as quais formarão por diferenciação o tecido suberoso ou cortiça, e para dentro (sentido centrípeto), células que se especializarão em feloderma.
Câmbio: surge na região do cilindro central do caule e da raiz, formando novas células para dentro, células que se especializam e constituem o tecido de condução secundário, o xilema secundário, e para fora, células que se diferenciam no floema secundário. Além da produção do tecido de condução, o câmbio também produz novas células parenquimáticas, que formam os chamados raios medulares.
Agora não se esqueçam de ver as outras aulas de tecidos vegetais para entender como que desses meristemas temos uma planta completa com diferentes funções em cada um de seus tecidos.