O Textus Receptus

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Wilson Paroschi, Ph.D O Texto Recebido
"A reação do público diante do primeiro NT grego impresso foi
diversa. De um lado houve ampla aceitação, e muitos compradores foram encontrados através da Europa. Dentro de três anos, Erasmo preparou uma nova edição, e a tiragem total das edições de 1516 e 1519 alcançou 3 300 exemplares. A segunda edição, agora intitulada Novum Testamentum, foi a base da tradução alemã de Martinho Lutero. De outro lado, porém, a obra de Erasmo foi recebida com grande preconceito e até mesmo com declarada hostilidade. Três fatores contribuíram para isso: 1) as várias diferenças que havia entre sua nova tradução latina e a consagrada Vulgata; 2) as longas anotações, nas quais procurava justificar sua tradução e 3) a inclusão, entre as notas filológicas, de diversos comentários cáusticos sobre a vida desregrada e corrupta de muitos sacerdotes. Como resultado, clérigos protestaram fazendo uso dos púlpitos, e seu clamor se fez ouvir por toda a parte. Universidades, como as de Cambridge e
Oxford, proibiram seus alunos de lerem os escritos de Erasmo, e os livreiros de os venderem. Dentre as críticas levantadas contra Erasmo, uma das mais sérias veio da parte de Lopes de Stunica, um dos editores da Poliglota Complutense, que o acusou de não incluir no texto de 1 João 5.7 e 8 a Coma Joanina. Erasmo replicou que não havia encontrado nenhum ms. grego que a contivesse, e descuidadamente prometeu que a incluiria em suas próximas edições se apenas um único ms. grego que trouxesse a passagem no texto lhe fosse apresentado. O ms. foi-lhe trazido, e Erasmo cumpriu sua promessa na terceira edição, de 1522, mas em longa nota marginal revela suas suspeitas de que o ms. havia sido preparado unicamente para confundi-lo. Segundo Metzger, essems. parece ter sido falsamente preparado em Oxford, cerca do ano 1520, por um frade franciscano chamado Froy, que tomara o texto da Vulgata Latina.
Em 1527, Erasmo preparou uma quarta e definitiva edição, que
continha, à semelhança da terceira, outra coluna paralela com o texto da Vulgata. Para essa edição, ele fez algumas alterações no texto grego, com base na Complutense, que conhecera pouco antes. O Apocalipse, por exemplo, foi alterado em cerca de noventa lugares. A quinta edição deixou de lado o latim da Vulgata, mas seu texto grego era praticamente o mesmo da edição anterior.14
Do ponto de vista crítico, o texto de Erasmo era inferior ao de
Ximenes, mas, por ter sido o primeiro a ser divulgado, por ser mais
barato e por estar disponível num formato mais prático, obteve maior circulação e exerceu muito mais influência que seu concorrente. Além disso, afora suas cinco edições regulares, mais de trinta reedições não autorizadas foram publicadas em Veneza, Estrasburgo, Basiléia, Paris e outros lugares. Outros editores do século xvi ainda pensaram em melhorar o texto erasmiano, mas, pelo fato de se basearem na Poliglota Complutense ou em mss. igualmente recentes, em sua essência apenas reproduziram aquela mesma forma já deteriorada do NT grego, e contribuíram para sua gradativa fixação".(CRÍTICA TEXTUAL DO NOVO TESTAMENTO, Pg. 110-111).

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