|| Série "ui, aproxima-se o exame de Filosofia" | #10 – Visita inesperada com os juízos morais || Resistimos e continuamos! O décimo vídeo – gravado poucos dias antes de ficarmos todos confinadinhos – é celebrado com uma supimpa camisa às flores e um atrevido cérebro.
|| "A Tua Filosofia": um projeto do "Comité do Canal" | Prof. David Erlich e @s alun@s do 11ºA Beatriz Rodrigues, Diogo Alcobia, Diogo Barbosa, João Cruz, Nélson Pereira, Pedro Rodrigues e Rita Bonito. ||
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|| Visita inesperada com os juízos morais
00:00 - introdução
01:31 - juízos de facto vs juízos de valor
05:27 - elucidação das teses acerca dos juízos morais
11:08 - tabela com argumentos e objeções
18:40 - conclusão
Antes de entrarmos no debate entre a ética deontológica de Kant, a ética consequencialista de Stuart Mill e as perspetiva dietética da macrobiótica, as AE (https://www.dge.mec.pt/sites/default/...) levam-nos a discutir a natureza dos juízos morais.
Como ponto de partida, levamos no bolso – ou vá, numa mochila, ou até num saco, ou numa bolsa, ou numa pochette, ou ainda… ok, já chega – a distinção entre juízos de facto e juízos de valor. Em termos simples, podemos dizer que um juízo de facto descreve o real, enquanto um juízo de valor aprecia o real; que um juízo de facto é somente descritivo, enquanto um juízo de valor frequentemente se assume como normativo/prescritivo; que o Cristiano Ronaldo é melhor jogador que o Messi, mas isso não tem nada a ver com este assunto (ou terá?).
Podemos referir como exemplos de juízos de facto, independentemente de serem verdadeiros ou falsos, os seguintes: Paris é a capital de Portugal; a água em estado puro ferve a cem graus centígrados; Lana Del Rey é uma cantora americana; Moscavide é um bairro no concelho de Faro. E, como exemplos de juízos de valor, podemos referir os seguintes: este quadro é muito belo; a música da Adele é fantástica; é justo doar dinheiro aos mais pobres; que bonito é aquele edifício.
Pensemos nos juízos morais, por exemplo “não deves embebedar-te loucamente nas sextas-feiras à noite e depois conduzir”, “deves esforçar-te para seres um bom namorado”, “ultrapassar as pessoas na fila de uma discoteca é errado”, “é correto ajudar os mais idosos”. Onde os localizamos? São juízos de valor? Ou são juízos de facto?
Para o OBJETIVISMO, pelo menos alguns juízos morais são, certamente, juízos de facto, pois há uma realidade moral independente das perspetivações humanas. Ou seja, tal como a realidade dos átomos, das placas tectónicas e do mundo zoológico é independente do que nós, humanos, achemos dessa mesma realidade, de igual modo a realidade moral é independente dos nossos contextos. Nós não criamos valores morais com a linguagem – os valores morais existem por si só e a nossa linguagem moral aproxima-se ou afasta-se dessa realidade moral.
Para o SUBJETIVISMO, os juízos morais são meras expressões de preferências pessoais. Não há uma realidade moral externa à mente dos indivíduos. Os valores morais expressos nos juízos morais são somente preferências de cada sujeito moral. Por sua vez, o RELATIVISMO concorda com a ideia subjetivista de que não há uma realidade moral independente das apreciações humanas, mas considera que os juízos morais são relativos às culturas. Os juízos morais podem ser comparados com a ordem moral vigente numa determinada cultura, mas não com uma realidade moral independente da cultura humana, pois essa suposta realidade moral é inexistente.
Cada uma destas três teses reúne argumentos favoráveis e objeções, alguns dos quais podes ver no vídeo.
E agora... que as ondas da filosofia estejam contigo! Bom estudo xD :D :) ;) :P
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