Florbela Espanca 02 - Mariza, Carminho, Katia Guerreiro, Ana Laíns, Gisela João, A Garota Não...

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00:02 - Mariza - Poetas
03:18 - Tiago Bettencourt & Carminho - X
06:20 - Katia Guerreiro - Os meus versos
08:49 - Ana Laíns - Eu
13:02 - Alexandros Nathanail & Gisela João - Aonde
16:56 - A Garota Não - Impossível

__ Poetas __
Composição: Florbela Espanca / Tiago Alexandre Machado
Interprete: Mariza, DVD - "Fado Today", 2004

Ai as almas dos poetas
Não as entende ninguém;
São almas de violetas
Que são poetas também.

Andam perdidas na vida,
Como as estrelas no ar;
Sentem o vento gemer
Ouvem as rosas chorar!

Só quem embala no peito
Dores amargas e secretas
É que em noites de luar
Pode entender os poetas

E eu que arrasto amarguras
Que nunca arrastou ninguém
Tenho alma pra sentir
A dos poetas também!

__ X __
Composição: Florbela Espanca / Tiago Bettencourt
Interprete: Carminho & Tiago Bettencourt
Coreografia: Carolina Tendon (OMG Family)
Produção: Kimahera
Realização e Edição: Pedro Pinto
Câmara: Pedro Pinto e Mauro Cunha
Assistente: Mariana Rodrigues
   • Carolina Tendon - X (Carminho e Tiago...  

Eu queria mais altas as estrelas,
Mais largo o espaço, o sol mais criador,
Mais refulgente a lua, o mar maior,
Mais cavadas as ondas e mais belas;

Mais amplas, mais rasgadas as janelas
Das almas, mais rosais a abrir em flor,
Mais montanhas, mais asas de condor,
Mais sangue sobre a cruz das caravelas!

E abrir os braços e viver a vida,
– Quanto mais funda e lúgubre a descida
Mais alta é a ladeira que não cansa!

E, acabada a tarefa... em paz, contente,
Um dia adormecer, serenamente,
Como dorme no berço uma criança!

__ Os Meus Versos __
Composição: Florbela Espanca / Paulo Valentim
Interprete: Katia Guerreiro (voz), Paulo Valentim (guitarra portuguesa), João Veiga (viola) & Rodrigo Serrão (contrabaixo), Coliseu Micaelense, 2005

Rasga esses versos que eu te fiz, Amor!
Deita-os ao nada, ao pó, ao esquecimento,
Que a cinza os cubra, que os arraste o vento,
Que a tempestade os leve aonde for!

Rasga-os na mente, se os souberes de cor,
Que volte ao nada o nada dum momento.
Julguei-me grande pelo sentimento,
E pelo orgulho ainda sou maior!...

Tanto verso já disse o que eu sonhei!
Tantos penaram já o que eu penei!
Asas que passam, todo o mundo as sente...

Rasga os meus versos... Pobre endoidecida!
Como se um grande amor cá nesta vida
Não fosse o mesmo amor de toda a gente!...

__ Eu __
Composição: Miguel Brito Rebelo / Florbela Espanca (1919), in “Livro de Mágoas”
Interprete: Ana Laíns

Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do Sonho, e desta sorte
Sou a crucificada... a dolorida...

Sombra de névoa ténue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!...

Sou aquela que passa e ninguém vê...
Sou a que chamam triste sem o ser...
Sou a que chora sem saber porquê...

Sou talvez a visão que alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver
E que nunca na vida me encontrou!

__ Versos Esparsos de Florbela (Aonde?...) __
Composição: Florbela Espanca - Zara Vidal / Alexandros Nathanail
Interprete: Gisela João (voz), Alexandros Nathanail (piano), Kostas Patsiotis (contrabaixo), Ricardo Parreira (guitarra portuguesa), Vangelis Trigas (bouzouki) & Marco Oliveira (guitarra clássica), 2013

Ó mar cristalino
Quero ouvir-te
Silêncio que me faz chorar de dor

Ando a chamar por ti
Onde estás meu amor
Estendo os meus braços, chamo-te

Grito ao mar a chorar
Ao azul do céu
Uma mágoa, uma mágoa sem fim

Ó mar cristalino
Quero ouvir-te
Silêncio que me faz chorar de dor

Ando a chamar por ti
Onde estás meu amor
Estendo os meus braços, chamo-te

Grito ao mar a chorar
Ao azul do céu
Um engano feliz vale mais

Um engano feliz vale mais

__ Impossível __
Composição: A Garota Não /Florbela Espanca, in “Livro de Mágoas”
Interprete: A Garota Não
   • A garota não - Impossível | Ensaio so...  

Disseram-me hoje, assim, ao ver-me triste:
“Parece Sexta-Feira de Paixão.
Sempre a cismar, cismar d’olhos no chão,
Sempre a pensar na dor que não existe...

O que é que tem?! Tão nova e sempre triste!
Faça por estar contente! Pois então?!...”
Quando se sofre, o que se diz é vão...
Meu coração, tudo, calado, ouviste...

Os meus males ninguém mos adivinha...
A minha Dor não fala, anda sozinha...
Dissesse ela o que sente! Ai quem me dera!...

Os males de Anto toda a gente os sabe!
Os meus... ninguém... A minha Dor não cabe
Nos cem milhões de versos que eu fizera!...

“Música feita em Portugal”
Criei este canal apenas para divulgar a música nacional, a língua portuguesa e a cultura lusófona. A seleção do repertório retrata uma opção estética meramente pessoal… Como não pretendo ganhar qualquer dinheiro com os vídeos, todos os benefícios são rentabilizados pelos “proprietários dos direitos de autor”.

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