Os precursores de Lutero - O Humanismo e a Renascença

Estudando a Pseudo Reforma Protestante em suas origens, é forçoso concluir que Lutero foi apenas mais um dentre uma vasta gama de hereges que pretendiam reformar a Igreja. Que tinha mudado na época de Lutero? Os bons já não queriam lutar pela Igreja.

O Século XIII vira o apogeu da Cristandade, foi o século das Cruzadas, da Cavalaria, das Ordens Mendicantes, Arquitetura Gótica e doutrina Escolástica. Mas, tendo atingido patamares tão altos, alguns dentre os nobres e religiosos parecem começaram a amar a própria grandeza, sonegando a Deus a glória que lhe era devida.

E o Século XIV viu despontar o humanismo, cujo principal arauto foi Petrarca. O homem usurpa os direitos de Deus e proclama-se centro último de todas as coisas.

E, se isso não era dito abertamente pelos Humanistas, era adotado por eles em um novo modo de conceber a vida, oposto à ideia católica da Idade Média.

A Igreja ensinava que esta vida é uma passagem, uma luta, rumo à felicidade ou condenação eterna. Os humanistas, quando não diziam, agiam e insinuavam de acordo com a concepção que esta terra é a finalidade última da vida humana. E sonha-se com o Paraíso Perdido.

Essa concepção difundiu-se e propagou-se com a literatura pagã que se alatrava pela Europa, e no Século XV, originou e mesclou-se com a Renascença.

Admirando pagãos, o europeu passou a imitá-los. E, tendo afrouxado a fidelidade, obediência e austeridade que eram os sustentáculos da Idade Média, o europeu passou a sonhar com um relaxamento da rígida moral a Igreja, em uma sociedade na qual não houvesse nem Reis, nem Papas, nem mesmo Nobres ou Ricos, dirão alguns, mas onde todos sejam iguais no ponto mais baixo.

Correspondendo a esses anseios, Lutero espalhará pela Europa sua Revolução.

Fontes: "A Igreja, a Reforma e a Civilização - Padre Leonel Franca"
"Revolução e Contra-Revolução - Plínio Corrêa de Oliveira"
"Compêndio de História Eclesiástica, vol. III - Frei Dagoberto Romag"