Cristina Altman

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A Guerra Fria Estruturalista

Em um mundo globalizado, talvez pareça não fazer muito sentido refletir sobre o conhecimento que temos produzido sobre a linguagem e as línguas do ponto de vista da sua geopolítica, sobretudo quando boa parte da Linguística do séc. XX se desenvolveu como uma ciência abstrata, formal e autônoma. Entretanto, em tempos de alta polarização como o que vivemos, é mais que tentador para o historiógrafo da linguística voltar sua reflexão para outros momentos intelectuais e procurar deles depreender categorias que o ajudem a melhor formular a dinâmica do seu próprio tempo.
O termo ‘linguística estrutural’ é um termo do século XX, cunhado em Praga por volta de 1928 ou 1929, provavelmente por Roman Jakobson (1896–1982). A partir dos anos 1930, a chamada linguística estrutural se desenvolveu em importantes centros acadêmicos além de Praga: Copenhagen, Genebra, Londres, Chicago e Yale, todos voltados para a descoberta gradual da estrutura sincrônica das línguas naturais. Embora comparáveis pelo objetivo comum, a rede de relações e influências entre a produção linguística destes vários centros é uma questão complexa e as oposições que criaram ajudaram a formatar boa parte de várias gerações de linguistas brasileiros.
Embora não seja um parâmetro racionalmente justificável, a percepção de que a pesquisa linguística brasileira viveu (e talvez ainda viva) uma espécie de guerra fria teórica e metodológica, transmudada em termos de tradições nacionais, europeias, ou norte-americanas, foi real e é o pano de fundo da presente fala. A historiografia aqui proposta revisita os primeiros circuitos de comunicação entre a linguística estrutural que se desenvolvia na Europa e nos Estados Unidos, desde as primeiras décadas do século XX, e a então emergente linguística brasileira, lato sensu, tal como se organizou nos pós-guerra, até sua efetiva institucionalização a partir dos anos 1960. As conclusões apontam para o fato que, embora a ciência não tenha nacionalidade, o cientista tem.
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