História do Acre (documentário - Amazônia, História da nossa História)

Amazônia, História da nossa História - Canal Futura, TV Aldeia e TV Globo

Amazônia, história da nossa História retrata a luta do povo acreano pela sua independência e integração ao Brasil. O Acre pertencia à Bolívia, e em pequenas partes ao Peru até o fim do século 19. Mas foi por nordestinos brasileiros que se lançaram à exploração da borracha.

O látex extraído da árvore Hevea Brasiliensis foi largamente aproveitado pela indústria de automóvel da Europa e Estados Unidos. A novidade atraiu a cobiça internacional e a Bolívia procurou retomar o território e tributar os seringalistas brasileiros. Um conflito armado culminou, em 1903, com a anexação do território boliviano ao Brasil, através do Tratado de Petrópolis.

A partir de 1920, os ingleses que tinham levado sementes da Amazônia para plantar na Malásia produziram borracha mais barata impondo a desvalorização da produção amazônica. Os capitais internacionais se retiraram da região e só retomaram, por curto tempo, durante a Segunda Guerra Mundial(1939-1945), porque a produção asiática se fechou para os Estados Unidos e Europa.

O governo brasileiro, financiado por capitais americanos, criou então a figura Soldado da Borracha para produzir borracha da Amazônia para os países aliados contra o nazismo. Cessada a guerra, os seringais voltaram ao estado de falência. Os seringueiros e índios permaneceram nas terras, constituindo os Povos da Floresta.

Em meados de 1970, o governo militar instituído no Brasil em 1964 estimulou a ocupação da Amazônia por grandes fazendas agropecuárias e os seringais falidos passaram a ser vendidos a grupos do sul com a intermediação do Banco da Amazônia.

Nas transações, seringueiros e índios não foram levados em conta. Ao chegarem à região, os novos donos das terras tentaram expulsá-los, nascendo aí o movimento de resistência que projetou Chico Mendes como defensor da floresta e dos povos que vivem nela.

Assassinado a 22 de dezembro de 1988, aos 44 anos de idade, Chico Mendes se tornou símbolo do ambientalismo internacional. O Movimento que ele comandou cresceu, e em 1998 elegeu o Governo da Floresta, reeleito em 2002 e 2006. A partir de então o Acre se desenvolve buscando a sustentabilidade econômica, ambiental, cultural, histórica, política, social e ética.