Dr. Adalberto Rubin videoaula sobre Fibrose Pulmonar Idiopática

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O que é Fibrose Pulmonar idiopática (FPI)?
A FPI é uma condição pulmonar que pode levar a morte, na qual os tecidos se tornam espessos, rígidos, com cicatrizes que limitam a capacidade respiratória dos pulmões. Os pulmões perdem a capacidade de absorver e transferir oxigênio para a corrente sanguínea. A doença afeta cerca de 14-43 pessoas a cada 100.000 no mundo, e, mesmo após as pesquisas terem identificado fatores-chave no desenvolvimento da FPI, nenhuma causa direta ainda é conhecida. As exacerbações agudas da FPI são definidas como pioras rápidas dos sintomas dentro de dias ou semanas. Reduzir o risco de exacerbações agudas é uma das principais metas do tratamento dos pacientes com FPI.

Você conhece os 10 principais fatos sobre a doença?
Não deixe o tempo dizer se aquele cansaço é algo a mais.
A vida se escreve com o tempo. O tempo de aprender, dedicar-se à família, trabalhar, viver. O tempo importa. Para o diagnóstico da Fibrose Pulmonar Idiopática também.
Os sintomas podem ser confundidos com outras enfermidades ou sinais de envelhecimento. Por isso, reconhecê-los o quanto antes faz toda a diferença no tratamento. Afinal, às vezes, o que parece não é.
Não espere o tempo te dizer.
Mas, afinal, o que é a Fibrose Pulmonar Idiopática (FPI)?
Por ter sintomas muito parecidos com outros problemas respiratórios ou cardíacos ou ser confundido com sinais de envelhecimento, o diagnóstico da doença pode demorar de um a dois anos para ser realizado . Por isso, é importante que as pessoas fiquem atentas aos sinais. Conheça dez fatos sobre a doença e como tratá-la.
1. FPI é uma doença rara que prejudica a respiração dos pacientes. A doença provoca o enrijecimento dos pulmões, devido à formação de cicatrizes e perda da elasticidade, interferindo na capacidade respiratória.
2. Idosos são os mais atingidos. A doença é mais frequente em homens acima de 50 anos . Porém, pessoas com doenças respiratórias crônicas também devem investigar se a FPI é uma possibilidade diagnóstica.
3. Os sinais parecem comuns ao avanço da idade, mas não são. Tosse seca, falta de ar e fadiga ao realizar pequenos esforços e que permanecem por mais de 30 dias são sintomas que podem indicar a FPI. Por serem facilmente relacionados a outros problemas cardíacos e respiratórios, 50% dos pacientes são diagnosticados erroneamente .
4. Apesar de ter causa desconhecida, existem fatores de risco. Entre eles, estão o tabagismo, a exposição ambiental a diversos poluentes, refluxo gastroesofágico, infecção viral crônica e fatores genéticosii.
5. É preciso mais de um exame para ser identificada. Os pneumologistas contam com a participação de radiologistas e patologistas, que analisam tomografias e outros testes. Quanto mais integrada a equipe médica, mais assertivo e rápido é o diagnóstico.
6. Não tem cura, mas tem tratamento. De terapias de reabilitação a transplantes, existem opções disponíveis no Brasil para desacelerar a progressão da FPI, que possibilitam conviver melhor com a doença.
7. Tecnologia lançada há dois anos desacelera a progressão da doença. Os antifibróticos podem reduzir a progressão em até 50% , como também limitar as crises de piora súbita, conhecidas como exacerbações.
8. Um estilo de vida balanceado ajuda os pacientes. Atividades físicas, alimentação saudável e renúncia ao cigarro são medidas que contribuem para o bom funcionamento dos pulmões.
9. O suporte de familiares e amigos é muito importante. Ter uma rede de suporte pode promover autonomia aos pacientes. Além disso, estima-se que até 30% sofram com depressão e 50% com ansiedade, destacando ainda mais a importância do apoio .
10. Você pode fazer a diferença. O acesso ao tratamento adequado é mais um desafio para pacientes e familiares. O SUS ainda não oferece tratamento para FPI, mas a sociedade civil pode ajudar a influenciar essa mudança. Abrace essa causa, divulgue e participe das ações em prol da doença.

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