Por que algumas 'vantagens' farmacológicas não têm sentido?

Você já comprou algum produto que não faz um certo sentido?

Um carro com aquecedor, um carro com farol de neblina e nunca utilizou?

Olha, às vezes acontece também na área da Farmacologia. Algumas “pseudo vantagens” que agregam muito valor ao produto, tem que se pagar caro por ele, mas a vantagem, de fato, farmacológica, não faz muito sentido devido algumas justificativas bioquímicas, fisiológicas e, também, claro, farmacológica.

É o caso dos inibidores de bomba protônica com sistema de liberação curta e a longo prazo. O que não faz muito sentido esse processo. Porque mecanismo de inibição dessa bomba se dá de forma covalente, irreversível.

É uma ligação tipo casamento. Você aprendeu isso na química orgânica, sabe que a ligação covalente é uma sobreposição de orbitais, uma vez ligado, essas bombas ficam inibidas, ao longo de horas, que ultrapassam 36 horas.

Então não faz muito sentido em pacientes que fazem uso a longo prazo se utilizarem de produtos com liberação curta e a longo prazo. Agrega-se valor apenas financeiro. Mas não do ponto de vista terapêutico.

Fique atento farmacêutico, porque nesse processo, a sua educação também em relação à farmacologia pode trazer melhor adesão, porque o paciente vai conseguir comprar produtos de baixo valor mas que mantenham a sua eficácia antiulcerosa como os clássicos inibidores de bomba protônica sem a necessidade desses sistemas de liberação de curto e a longo prazo.

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