ENGENHO JUCÁ

ENGENHO JUCÁ
Jucá – significa pau-ferro espécie de árvore de madeira dura a qual os indígenas utilizavam para fazer tacapes afim bater na cabeça de sua vítima. Daí também significa matar. As primeiras informações que encontramos do Engenho Jucá data de 1881 que diz respeito a participação do seu dono, Vicente Alves de Souza, na luta de vários senhores de engenho para que o governo provincial estendesse a malha ferroviária. No ano de 1903, o Engenho Jucá, que nesta época pertencia Coronel Porfírio Alípio Pereira de Queiroz, foi invadido por um bando de criminosos que se diziam ser do famoso e temido cangaceiro Antônio Silvino, o rifle de ouro, bandoleiro que aterrorizava os engenhos de Pernambuco. Antônio Silvino, que segundo informações na época, já se encontrava no Engenho Cipó Branco, mandou Rio Preto, um dos homens de seu bando, ir ao engenho Jucá. Chegando na casa grande do engenho, Rio Preto se apresentou ao coronel e disse, que vinha em nome de Antônio Silvino. A ordem dada era a seguinte: Que fosse encontra-se com ele e levasse a quantia 100$000. Ao chegar no local determinado, não se sabe o motivo, mataram a paulada o Coronel Porfírio, e o bando contados de 7 homens, voltaram para o engenho, no objetivo de matar a todos e pôr fogo na propriedade, todavia os moradores já estavam organizados para o confronto e o bando desistiram de sua empreitada criminosa. Também, nas terras do engenho Jucá aconteceu um fato interessante que entrou para a história das Igrejas Batistas: O pastor Eloy Correia de Oliveira, no ano de 1906, em seu trabalho de evangelização no Engenho Jardim, batizou 22 pessoas de duas famílias aparentadas, os Tavares Pessoa e os Costa Lima, que se converteram para o protestantismo organizando, assim, a Igreja Batista de Jardim. O proprietário do referido Engenho não aceitou a conversão das referidas famílias e eles tiveram de sair em busca de outro lugar para morar e exercer a sua fé. As duas famílias encontraram abrigo no Engenho Jucá e sendo bem recebidos puderam exercer sua fé em liberdade. No ano de 1922, o proprietário do engenho cedeu uma área, chamada Sítio Lajedo, para que a igreja fosse edificada.

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