Timbaúba do meu tempo - História de Timbaúba de antigamente - Uma viagem aos velhos e bons tempos.

Timbaúba do meu tempo - um pouco da história de Timbaúba, recordando os velhos e bons tempos, como também a luta dos timbaubenses pelo seu desenvolvimento e emancipação política. A transferência da feira de Mocós para o pátio da fazenda Árvore de Espuma onde hoje está localizada a Praça Carlos Lira.
TIMBAÚBA DO MEU TEMO – TIMBAÚBA DE ANTIGAMENTE

NO INÍCIO DO SÉCULO XIX, À MARGE DIREITA DO RIO CAPIBARIBE-MIRIM, HAVIA UM NÚCLEO DE POPULAÇÃO COMPOSTO DE GENTE HONESTA E TRABALHADORA, DENOMINADO MOCÓS E ONDE HAVIA SEMANALMENTE A REALIZAÇÃO DE UMA FEIRA.
HÁ DOIS QUILOMETROS DA POVOAÇÃO DE MOCÓS E NA MARGEM ESQUERDA DO REFERIDO RIO, EXISTIA UMA FAZENDA CONHECIDA PELO NOME DE ÁRVORE DE ESPUMA.
EM 1823, O PORTUGUÊS ANTONIO JOSÉ GUIMARÃES ESTABELECEU-SE NA REFERIDA FAZENDA, COMERCIALIZANDO COM TECIDOS E GÊNEROS DIVERSOS. HOMEM VIOLENTO, AUDACIOSO, PREPOTENTE E SOBRETUDO GANANCIOSO, PROSPEROU EM SUAS TRANSAÇÕES, TORNANDO-SE A PESSOA DE MAIOR INFLUÊNCIA NA REGIÃO.
PREVALESCENDO-SE DE SUA FAMA, IMPÔS A MUDANÇA DA FEIRA DE MOCÓS PARA O PÁTIO DE SUA FAZENDA, CUJA SEDE FICAVA NO LOCAL ONDE ATUALMENTE ERGUE-SE O IMPORTANTE E IMPONENTE EDIFÍCIO DA COOPERATIVA BANCO DE TIMBAÚBA LTDA.
TRANSFERIDA A FEIRA PARA A FAZENDA, COMEÇOU AÍ A FORMAÇÃO DE NOVO POVOADO. COM AUXÍLIO DA POPULAÇÃO, A ESPOSA DO FAZENDO ANTONIO JOSÉ GUIMARÃES FEZ CONSTRUIR UMA CAPELA A NOSSA SENHORA DAS DORES.
VINTE E QUATRO ANOS DECORRERAM SEM QUE TIMBAÚBA TIVESSE PROGRESSO, CONTINUANDO O POVOADO SOB O DOMÍNIO DO PORTUGUÊS.
EM 1847, JÁ NÃO SUPORTANDO MAIS A SITUAÇÃO, O POVO, ANSIOSO POR LIBERDADE, ELIMINA O OPRESSOR.
A PARTIR DAÍ COM UM CRESCENTE DESENVOLVIMENTO SOCIAL E ECONÔMICO, OS TIMBAUBENSES PROCURARAM SUA EMANCIPAÇÃO POLÍTICA, O QUE OBTIVERAM COM A PROMULGAÇÃO DA LEI 1.363, DE 08 DE ABRIL DE 1879, QUE CRIOU O MUNICÍPIO, SENDO A POVOAÇÃO ELEVADA Ã CATEGORIA DE VILA.

INSPIRADO NESTE EPISÓDIO O NOSSO FAMOSO TIMBAUBENSE LUIZ MARINHO FALCÃO FILHO, UM DIA ESCREVEU…

TIMBAÚBA É O LUGAR!
NO COMEÇO, UMA FAZENDA, UMA CAPELA, UM POTENTADO SENHOR, SENHOR DE TUDO: DAS TERRAS, DAS ÁGUAS, DOS HOMENS… SENHOR DOS HOMENS, MAS NÃO DO SEU PENSAR! UM DIA, O HOMEM PENSOU, E COM AS PRÓPRIAS MÃOS, LIVROU-SE DO JUGO DO POTENTADO SENHOR! NAS ÁGUAS DO CAPIBARIBE-MIRIM, O HOMEM LAVOU AS MÃOS, E AOS PÉS DE NOSSA SENHORA DAS DORES, FEZ O SINAL DA CRUZ! COM ESTE GESTO, NASCEU O POVO DE TIMBAÚBA.
NO MONUMENTO COMEMORATIVO AO CENTENÁRIO DA CIDADE, NA PRAÇA CARLOS LIRA, ENCONTRA-SE A PLACA COM AS INSCRIÇÕES DE LUIZ MARINHO, ALUSIVA A CRIAÇÃO DA NOSSA TIMBAÚBA.

A SEGUIR, VAMOS APRESENTAR ALGUNS ASPECTOS DA CIDADE EM 1925, QUE FORAM NOTÍCIAS EM REVISTAS E JORNAIS VEICULADOS NO ESTADO DE PERNAMBUCO.
NAQUELA ÉPOCA, O MUNICÍPIO ABRANGIA QUATRO DISTRITOS, TIMBAÚBA, CRUANGY, MACAPÁ E SÃO VICENTE, ALÉM DOS POVOADOS DE POÇO COMPRIDO E PIRAUÁ.
A CIDADE É ILUMINADA A ELETRICIDADE, AS RUAS SÃO BEM CALÇADAS E ARBORIZADAS E SERVIDA POR UMA EMPRESA TELEFONICA, APRESENTANDO UM ASPECTO MUITO ATRAENTE E INTERESSANTE.
AQUÍ CULTIVAVA-SE CAFÉ, CANA-DE-AÇUCAR, ALGODÃO E VÁRIAS OUTRAS CULTURAS.
O PREÇO DAS TERRAS ERAM ELEVADOS, PRINCIPALMENTE NA ZONA PRÓPRIA A CULTURA DO CAFÉ.
A CIDADE DE TIMBAÚBA , SEDE DO MUNICÍPIO É CORTADA PELO RIO CAPIBARIBE MIRIM, QUE NASCE NA SERRA MIRIM, EM SÃO VICENTE E DESAGUA NO CANAL DE GOYANA. E TEM COMO AFLUENTES, OS RIACHOS BANANA, MULUNGÚ, CRUZ E TIÚMA.
O MUNICÍPIO ESTÁ LIGADA A CAPITAL DE PERNAMBUCO, PARAYBA, RIO GRANDE DO NORTE E ALAGOAS, PELA ESTRADA DE FERRO DA “GREAT WESTEM”.
A CIDADE É SERVIDA COM TRANSPORTE URBANO PELA COMPANHIA DE BONDE FERRO CARRIL.
CIRCULAM EM TIMBAÚBA, OS SEGUINTES JORNAIS: ‘A SERRA’ ‘CORREIO DA MANHÁ’ ‘TIMBAÚBA CHIC E A LIGA.
E, ASSIM, VIMOS UM POUCO DA NOSSA TIMBAÚBA DE ANTIGAMENTE.