O QUE SÃO TRUSTS e como se BENEFICIAR DELES? Conheça tudo sobre essa estrutura offshore

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Tem dois motivos pelos quais os Trusts não são muito utilizados no Brasil.
O primeiro deles é porque é um instituto jurídico que não está previsto no Direito brasileiro
E aí o segundo fator que atrapalha a utilização desse instituto por brasileiros é o preconceito sobre o assunto.
Trust nada mais é do que um excelente instrumento de gestão patrimonial e de internacionalização de patrimônio.
Diga-se de passagem, é um instrumento de gestão patrimonial que é amplamente utilizado desde a idade média.
A história dos Trusts começou durante as Cruzadas, aquelas expedições com fins religiosos, militares e ecoômicos que ocorreram entre os séculos 11 e 13.
Naquela época, era comum que os cruzados que possuíssem bens os transferissem para a Igreja, já que essas expedições poderiam durar anos e não se sabia se eles retornariam ou não.
Mais fácil do que definir o que é um Trust é definir o que NÃO é um Trust.
Trust não é uma empresa. Trust não é uma organização com personalidade jurídica, mas também não é uma entidade despersonalizada.
Pode-se dizer que o Trust é uma espécie de contrato, mas com várias peculiaridades.

O Trust é uma espécie de relação jurídica entre três partes.
Basicamente: o instituidor, que é a pessoa que cria o Trust e que também é a proprietária original dos bens;
o trustee, que é a pessoa ou entidade para quem o instituidor disponibiliza os bens, nos termos das cláusulas do trust;
e os beneficiários, que são os que tiram o proveito dos bens, e que podem ser pessoas como os herdeiros do instituidor, ou ainda que podem ser entidades, como ONG’s ou empresas.
Mas, Guilherme, nesse caso e se o trustee estiver fazendo um mau negócio? Se estiver descumprindo as regras do contrato?
Nesse caso, em primeiro lugar, é importante escolher muito bem qual instituição ou pessoa será o trustee.
E mesmo que você escolha uma boa instituição, com tradição em administração de Trusts, coisas ruins ainda podem acontecer, e é justamente nessa hora que entra a figura do protetor, ou vigilante.
Essa pessoa, ou instituição, será responsável por cuidar que o trustee siga os termos estipulados no acordo e inclusive pode substituir o trustee

Sobre a classificação dos trusts, a subdivisão mais comum dos Trusts se dá entre Trust revogáveis e Trusts irrevogáveis.
Os revogáveis são aqueles para os quais o instituidor transmite os bens, mas pode a qualquer momento cancelar o contrato e reaver esses bens.
Os Trusts irrevogáveis, por sua vez, são aqueles que não permitem que o instituidor tenha acesso aos bens transferidos, ou melhor, que não volte atrás.
A outra grande subdivisão de Trust são os discricionários e os não-discricionários.
Como o próprio nome diz, a diferença entre eles está justamente no grau de discricionariedade, de escolha, que o trustee tem. Lembra, o trustee é o executor.
Se alguém tem um expressivo patrimônio e deseja deixar esse patrimônio para seus quatro filhos, por exemplo, como herança, essa pessoa pode constituir um Trust e determinar que cada um de seus três filhos terá 25%, ou um quarto, desse patrimônio.
O trustee não tem poder de escolha, serão 25% para cada beneficiário e fim de conversa.
E pra fechar, quanto em média que custa um trust?
Bem, isso vai depender muito da complexidade dele. Começa alí nos 1500, 2000 dólares, mas pode ir até centenas de milhares de dólares.
Em todo caso, pra quem tem um patrimônio no exterior acima de 150, 200 mil dólares, e tá preocupado com sucessão ou blindagem patrimonial, bem, já dá pra começar a pensar se um trust não é uma solução que faça sentido

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0:00 Abertura
0:25 Introdução
1:18 Por que os trusts são pouco conhecidos?
1:31 Motivo 01
2:54 Motivo 02
4:14 História dos trusts
6:38 O que é um trust?
7:21 As partes do Trust
10:08 Versatilidade do Trust
10:46 Classificação dos trusts
10:51 Primeira classificação
12:55 Classificação 2
14:33 Cuidados com o Trust e outras partes envolvidas
16:33 Outras vantagens o Trust
18:18 Custos de um trust
19:08 Conclusão