À SOMBRA DO REICH: PARIS SOB OCUPAÇÂO ALEMÃ (1940-1944) - Viagem na História

QUATRO ANOS SOB A SUASTICA : A VIDA EM PARIS SOB O TERCEIRO REICH
A ocupação alemã em países durante a Segunda Guerra Mundial variou em intensidade e natureza, dependendo da localização, da importância estratégica do país e das relações prévias entre a Alemanha e o país ocupado.
Em 1940, depois da Blitzkrieg (guerra-relâmpago) e da derrota das forças francesas e britânicas, a Alemanha ocupou a França, uma marca na história militar de uma disputa entre as duas nações através das decadas dos anos dos séculos XIX e XX. Esta ocupação foi formalizada pelo Armistício de Compiègne. A França foi dividida em duas zonas: a zona ocupada no norte e oeste, diretamente controlada pelos alemães, e a zona livre no sul, administrada pelo regime colaboracionista de Vichy, sob o Marechal Philippe Pétain. Paris, na zona ocupada, tornou-se o símbolo da opressão alemã. A ocupação foi caracterizada por rígidas restrições, deportações de judeus para campos de concentração, represálias contra a resistência e a exploração econômica da França para apoiar o esforço de guerra alemão.
A presença alemã em Paris de 1940 a 1944 foi um período complexo e multifacetado na história da capital francesa.
Paris foi declarada uma cidade aberta em 10 de junho de 1940 para evitar sua destruição. Os alemães entraram na cidade em 14 de junho de 1940 e rapidamente estabeleceram seu controle.
Durante a ocupação que marca ainda hoje na segunda guerra mundial, os parisienses enfrentaram racionamentos severos, ressentimentos e restrições de viagem. Muitos bens foram reservados para os ocupantes alemães, levando a um mercado negro florescente. Muitos fatos desconhecidos deste período impressionam:
Relações Franco-Alemãs: Algumas autoridades e cidadãos franceses colaboraram com os alemães, seja por ideologia, pragmatismo ou oportunismo. Ao mesmo tempo, uma resistência ativa estava crescendo, realizando atos de sabotagem, coletando inteligência e disseminando informações.
Perseguições: A ocupação alemã em Paris foi marcada pela perseguição de judeus e outros grupos. Em colaboração com o regime de Vichy, os alemães implementaram leis antissemitas, expropriaram propriedades judaicas e conduziram vários "razzias" (batidas) para prender judeus. O episódio mais infame foi a "Rafle du Vel' d'Hiv" em julho de 1942, quando milhares de judeus foram detidos no Velódromo de Inverno e depois deportados para campos de concentração.
Cultura sob Ocupação: A vida cultural continuou, mas sob estrita supervisão alemã. Enquanto algumas estrelas, como Edith Piaf, eram acusadas de colaborar, outras estavam envolvidas em atos de resistência. O cinema, o teatro e a literatura se tornaram meios para expressar resistência sutil e protesto.
Libertação: À medida que os Aliados avançavam após o Dia D em junho de 1944, a sala de guerra da resistência em Paris intensificou seus esforços. Em 19 de agosto de 1944, começou a insurreição em Paris, e os resistentes tomaram o controle de partes da cidade. Os alemães ameaçaram destruir Paris, mas, em última análise, decidiram não fazê-lo. Em 25 de agosto de 1944, as forças francesas e americanas entraram em Paris, oficialmente libertando a cidade.

A ocupação alemã de Paris é lembrada como um período de opressão, resistência e eventual libertação. A interação entre os ocupantes alemães e os parisienses foi complexa, variando de colaboração a resistência feroz, e a cidade carrega as cicatrizes e memórias desse período até hoje.
Em resumo, a relação entre alemães e parisienses durante a ocupação foi uma mistura de colaboração, coexistência forçada e resistência. O período é lembrado como um dos mais traumáticos na história de Paris, e as interações entre parisienses e alemães durante esses anos são uma parte fundamental dessa memória.
Em nosso roteiro de Paris pelo circuito de turismo histórico, visitamos locais e museus referentes à época e narramos neste vídeo esta trajetória obscura de Paris: Quando a chamada Cidade Luz ficou na escuridão: A História Oculta da Paris Ocupada.
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