Tradicotomias Kids - Cavaquinho, Braguesa e Música de Raiz explicada a crianças... e não só!

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A Viola Braguesa é um cordofone tradicional e popular do noroeste português. Crê-se que terá tido a sua origem no instrumento erudito renascentista Vihuela ("prima" do Alaúde). Faz parte da família das Violas de Arame (pela utilização das cordas de "arame"/metálicas duplas, que lhe conferem a sua sonoridade distinta) e tem como "irmãs" a Viola Amarantina, a Viola Beiroa na beira interior, a Toeira na beira litoral e a Campaniça no Alentejo, nas Ilhas temos a Viola da Terra dos Açores e as Violas de Arame da Madeira e da Terceira também nos Açores - sendo impressionante a criatividade regional que conferiu estas diferenças tão assinaláveis quão ricas.

A Viola Braguesa foi de todas as violas aquela que foi resistindo mais na nossa música popular, com grandes projectos de referência a usarem-na com frequência: Júlio Pereira, Fausto, Brigada Vitor Jara ou Raízes.
Actualmente há, felizmente, cada vez mais entusiastas em todas as regiões que têm feito um trabalho notável na transmissão e reinvenção da música feita com estes cordofones. Há cada vez mais e melhores tocadores e violeiros a contruir, pelo que as perspectivas são boas! Mas baixar os braços, nunca! Importa apostar no ensino destes instrumentos sem nunca esquecer o aspecto fundamental que faz alguém querer aprender, que é fazer-se boa música com eles.

A Viola Braguesa tem a escala rasa ao tampo e tem habitualmente 10 trastos (começa a usar-se também com 12). Possui 10 cordas, com 5 ordens duplas ora oitavadas ora em uníssono, com várias afinações possíveis (e.g. das mais graves para as mais agudas Ré, Lá, Si, Mi, Lá - com as 3 primeiras oitavadas e as duas mais agudas em uníssono). As técnicas a tocar vão do rasgado, varejado, ponteado com o polegar, ao dedilhado.

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O Cavaquinho é um pequeno cordofone popular de 4 cordas tocado no país inteiro, com especial predominância no Minho, onde tem raizes profundas no nosso folclore. Este modelo mais popular é chamado de Cavaquinho tipo minhoto, existindo porém outras variantes como o Cavaquinho Urbano e/ou de Lisboa, o Machinho, o Machete e o Braguinha da Madeira (que se crê deu origem ao mundialmente famoso Ukulele do Hawai).

Costumo dizer que o Cavaquinho é o instrumento mais democrático de todos, por ser relativamente económico e por ser bastante fácil de começar a tocar. Por isso o vemos tão transversal... dos mais novos aos mais velhos, em diversos contextos musicais ou sociais. São milhares os tocadores do pequeno tetracórdio pelo país e a Associação Museu Cavaquinho já inventariou centenas de grupos de cavaquinho, dezenas de violeiros/construtores e atrevo-me a dizer que não há tuna académica, grupo etnográfico ou grupo de música tradicional e/ou popular que não o tenha nas suas fileiras.
Este grande sucesso, vitalidade e expansão devem-se grandemente ao trabalho desenvolvido pelo músico Júlio Pereira, que pela irreverência e actualidade da sua música abriu novos horizontes! Actualmente existem cada vez mais projectos e artistas que colocam no Cavaquinho um papel central e muito ainda há para fazer, muita música e muitas abordagens certamente por explorar.

Como a Viola Braguesa, o Cavaquinho tem a escala rasa ao tampo e tem 12 trastos. Possui 4 cordas metálicas finas e tem uma série de afinações possíveis, sendo que para começar sugiro as mais simples e abertas (Sol, Sol, Si, Ré ou Lá, Lá, Do#, Mi - nestas afinações, sem premir nenhuma corda já se está a fazer um acorde, pelo que aprendendo outro simples, está-se pronto a tocar umas dúzias de canções : ) para uma maior versatilidade sugiro a afinação que apresentei da braguesa Ré, Lá, Si, Mi - aqui reentrante, ie, a corda Ré e Mi são as mais agudas.
Tal como na Braguesa, as técnicas são diversificadas sendo a mais característica o rasgado ou rasgueado (técnica que usa o indicador e o polegar para dobrar o som dando-lhe uma textura única e muito rítmica - fazendo soar ritmo, melodia e harmonia em simultâneo), também se pode tocar ponteado e dedilhado.

- para mais info aceder a http://cavaquinhos.pt/

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Daniel Pereira Cristo:

Músico, cantautor e multi-instrumentista. Uma vida inteira dedicada ao associativismo e aos sons, com muitos concertos por Portugal e pelo Mundo. Daniel Pereira Cristo lançou-se oficialmente em nome próprio em 2017, com o álbum "Cavaquinho Cantado" - vencedor do Prémio Carlos Paredes 2018. De destacar o trabalho feito quer cantautoral, quer em torno dos nossos instrumentos e música de raiz; a residência artística no programa 7 Maravilhas à Mesa durante mais de 2 meses na RTP1; mais de 100 concertos desde o lançamento do 1º álbum em nome próprio em algumas das mais importantes salas de espectáculos do país e grandes eventos como a Passagem de ano 18/19 no Terreiro do Paço em Lisboa, as grandes Romarias do Norte e festivais como Bons Sons, Sons da Terra, Festa do Avante entre muitos outros...

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