Neste vídeo eu falo sobre Nefrectomia parcial que é a cirurgia para retirada de um tumor renal ou de parte do rim e mostro também uns casos que eu operei recentemente e as particularidades de cada tumor.
Antigamente os tumores renais eram descobertos mais tardiamente quando o paciente já apresentava massas volumosas com manifestacoes clínicas como dor abdominal, hematúria que é o sangue na urina e massa abdominal palpável. Porém com o aumento do acesso da população aos métodos de imagem como ultrassom, tomografia e ressonância, o diagnósticos de pequenos tumores renais aumentou muito e isso fez com que a cirurgia para retirada apenas do tumor ou de parte do rim ganhasse espaço. Outro fato que contribuiu para o aumento do número de nefrectomias parciais, que é a nome técnico da cirurgia de retirada de parte do rim, foi a ampliação da utilização da cirurgia robótica no meio urológico. O auxílio do robô contribuiu muito para a realização de Nefrectomias parciais em uma maior quantidade de pacientes portadores de tumores maiores e mais complexos, extendendo os limites para a realização dessa cirurgia
Mas por que retirar somente o tumor? A Nefrectomia parcial preserva a função renal diminuindo inclusive o risco de óbito por doenças cardiovasculares e melhora a sobrevida global do paciente, principalmente em pacientes jovens e sem comorbidades significativas.
No entanto os tumores renais tem algumas características que vão nos dizer o grau de dificuldade da cirurgia e a chance de complicações ou mesmo de ter que retirar o rim todo
Existe um escore deniminado “R.E.N.A.L. score” onde a gente classifica essa dificuldade. Esse escore nada mais é do que um acrônimo das seguintes caracteriscas do tumor
R: raio, que avalia o tamanho do tumor, se menor que 4, entre 4 e 7 ou maior que 7 cm, sendo quanto maior mais difícil.
E: se o tumor é expfítico, ou seja, para fora do rim ou endofítico, para dentro do rim. Por exemplo, se mais de 50% do seu volume é para fora do rim, ou seja exofítico, esse tumor tem uma complexidade menor, ou se ele tem mais de 50% da sua massa endofítica, ou seja ele é mais encravado no rim, logo mais difícil de ser retirado.
N (do inglês nearness, proximidade): proximidade do tumor com o sistema coletor, que é onde a urina cai e é transportada adiante. Quanto mais próximo pior, pois aumenta a chance de complicações como fístulas urinárias que é o extravasamento de urina pós operatório.
A: anterior ou posterior, os tumores anteriores estão na frente do rim e tem um acesso mais fácil do que os posteriores que você tem que soltar todo o rim para acessar.
L: localização em relação a linha dos polos renais. Quanto mais próximo dos polos renais, polo superior e inferior, menos complexa é a lesão, ou seja, quanto mais próximo do meio do rim, mais difícil é o tumor. Outra questão é que os tumores de polo inferior são um pouco menos complexos pois o acesso a essa localização é mais fácil.
Existe uma outra característica que é se o tumor é Hilar ou não, ou seja, se ele próximo do hilo renal, que é onde estão localizados os vasos renais. Quanto mais próximo, mais difícil a cirurgia.
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Link do vídeo:
• Tenho um tumor no rim, preciso retira...
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Cláudio Amorim.
Urologista titular pela Sociedade Brasileira de urologia.
Atuante em Belém do Pará.
CRM - PA 9343
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