MR 2 - Plataformização na Educação e outras formas de precarização

MESA-REDONDA 2
PLATAFORMIZAÇÃO NA EDUCAÇÃO E OUTRAS FORMAS DE PRECARIZAÇÃO: EXPERIÊNCIA, RESISTÊNCIA E PESQUISA.

MEDIADORA: Elaine Lourenço (UNIFESP)

Renata Peres Barbosa (FE/UFPR)
Plataformização da Educação e Pensamento Unidimensional: o caso do estado do Paraná.

Ricardo Castro (Instituto de História/UFRJ)
Guerras de classes e contrarrevolução na educação brasileira: apontamentos gerais e a resistência docente no Estado do Rio de Janeiro

Arrovani Luiz Fonseca (SEE-SP/GT de Ensino de História ANPUH-SP)
Do Centro de Mídias de São Paulo em tempos de pandemia ao ensino
plataformizado.

EMENTA: O objetivo desta mesa redonda é debater o atual estado do avanço da plataformização na educação e outras formas de precarização, a partir dos relatos da experiência, formas de resistência e pesquisas no Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro. A questão envolve um cruzamento de realidades tais como a implantação da Base Nacional Comum Curricular e a Reforma do Ensino Médio que abriram espaço para os reformadores empresariais da educação no que diz respeito à oferta de produtos pedagógicos e didáticos bem como a implementação e a utilização de plataformas digitais ou aplicativos educacionais dentro do discurso da modernização das aprendizagens. Contudo, não se pode nublar as questões que entoam os interesses das Big Techs, formuladoras das plataformas e aplicativos com relação a educação que teve seu momento
oportuno tanto durante a pandemia de Sars-Covid como posteriormente. Há explicitamente um interesse de mercado que se apropria desse momento criado pelas reformas para expansão dos negócios empresariais sobre a educação. É inegável que tais recursos interferem em questões do trabalho docente e da aprendizagem dos alunos. Da mesma forma, criam relações de quantificação, no que cabe aos acessos feitos pelos sujeitos envolvidos, e de vigilância e cobrança de resultados. Por outro lado, produz formas de resistência características do cotidiano e da cultura escolar. Questiona-se, desse modo, os impactos dessa “novidade” na educação no sentido de avaliá-las e inquiri-las sobre quais realidades têm sido produzidas no meio escolar.