Vinte anos após o icônico desfile "A Costura do Invisível", Jum Nakao retorna à cena da moda em parceria com os alunos do Senac e as artesãs da comunidade de Olhos D'Água.
Olhos D’Água abriga uma fenda na terra que se estende por 3 quilômetros, formando um canyon, como um corte no ventre do planeta. Inspirado por esse cenário, Jum Nakao sonhou com seres míticos gigantes, surgidos das profundezas da Terra, moldados por materiais naturais e pelas mãos humanas. Esse projeto propõe uma reconexão entre os mundos natural e humano, entre o feito à mão e a natureza. Homem e natureza de mãos dadas.
No cerrado brasileiro, em Olhos D’Água – distrito de Goiás, no centro do Brasil e da América Latina, onde um dia o Tratado de Tordesilhas dividiu o mundo –, encontramos saberes e técnicas preservadas por artesãs habilidosas, cuja sensibilidade se mantém em harmonia com os ciclos gentis da natureza.
De Goiás, no coração da América do Sul, para o Universo: nasce um novo tratado para o mundo. Essa iniciativa, comprometida com a responsabilidade social e ambiental, está totalmente alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, fazendo um apelo global para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e garantir que todas as pessoas, em qualquer lugar, possam viver em paz e prosperidade.
Inspirando-se nas constelações e nos signos do zodíaco, Jum Nakao convidou os alunos a despertar o mundo para uma nova relação com os ciclos naturais – equinócios, solstícios e a celebração das estações –, promovendo um diálogo entre o nosso planeta e o universo, as estrelas e as influências dos signos. Ele desafiou os alunos a criarem roupas que vestissem humanos protegidos por esses gigantes míticos.
Dessa união nasceu a coleção CAELESTIS, que emerge do ventre da Terra, revelando a força dos ciclos naturais e a riqueza material e imaterial do universo que compartilhamos. Utilizando a linguagem universal dos signos do zodíaco, a coleção busca cativar pessoas de todas as idades, convidando-as a olhar para o presente com a visão de um futuro mais generoso e compassivo, onde habitar e produzir sigam o ritmo da Terra.
A coleção apresenta o abismo não como uma queda, mas como uma oportunidade de elevação, propondo uma mudança de valores capaz de salvar o mundo e a humanidade do esgotamento de um sistema financeiro e irreal. É uma celebração da vida e da possibilidade de renascimento através de uma nova forma de viver em sintonia com o tempo da Terra.
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