O Sistema CNA/Senar promoveu, na quinta (12), o 6º Seminário Nacional do Projeto Campo Futuro para apresentar os principais resultados dos levantamentos dos custos de produção de 22 atividades agropecuárias em 2020.
Durante o ano, os técnicos do Projeto realizaram 102 painéis virtuais em 19 estados. Os encontros reuniram produtores, pesquisadores e representantes de sindicatos rurais, de Federações de Agricultura e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).
Neste ano, em razão da pandemia do Covid-19, o evento foi totalmente virtual e dividido em blocos e salas de debates simultâneas. Pela manhã, foram apresentados os resultados de custos de produção de frutas, hortaliças, grãos, pecuária de corte e café. À tarde, foram a pecuária de leite, cana-de-açúcar, aves e suínos.
Pecuária de corte – No painel de pecuária de corte, os palestrantes discutiram o cenário em 2020 e as perspectivas de rentabilidade para 2021. Na abertura, o presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Corte da CNA, Antônio Pitangui de Salvo, afirmou que o setor vive um momento positivo, mas a boa gestão da atividade garante melhores índices de produção e uma proteína de qualidade.
“Precisamos trazer a tecnologia de precisão para a nossa pecuária e tratar nossas pastagens e genética de maneira diferente. O pasto é a lavoura que alimenta o gado brasileiro de alta genética”.
Durante o debate, o analista de Mercado do Cepea, Caio Monteiro, citou alguns dados do Projeto Campo Futuro em 2020. Segundo ele, os painéis de corte foram realizados em 11 municípios de Goiás, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, onde foram mapeados 16 perfis de produção, dentre eles 7 propriedades de cria, 1 de recria, 7 de recria e engorda e 1 de recria e engorda de fêmeas.
Em sua apresentação, o diretor da Athenagro, Maurício Palma Nogueira, disse que o cenário para a carne bovina brasileira é favorável em longo prazo e que o Brasil continuará sendo o principal player no mercado. “No próximo ano devemos observar uma grande mudança nos hábitos de compra e consumo de proteína animal. para o produtor, o maior desafio é a gestão, pois pode haver redução das margens”.
A coordenadora de Projetos da ATeG Senar, Luana Frossard, falou sobre a importância da assistência técnica para o produtor rural, seja ele de grande ou pequeno porte. “Hoje a ATeG do Senar atende 10.357 propriedades de pecuária de corte. É um público muito variado, não existe um pacote tecnológico padrão, o atendimento é individualizado. O grande produtor, por exemplo, tem a área técnica bem estabelecida, mas precisa de acompanhamento na área econômica. Já o pequeno produtor precisa de suporte tanto na parte técnica, quanto na gerencial”, explicou Luana.
Информация по комментариям в разработке