A formação do Oficial Aviador da Força Aérea Brasileira começa na Academia da Força Aérea (AFA), localizada em Pirassununga (SP), onde o cadete recebe diversas instruções durante quatro anos, entre elas as de pilotagem nas aeronaves de treinamento T-25 Universal e T-27 Tucano.
Após a conclusão do curso na AFA, o cadete se torna Aspirante a Oficial e segue para Parnamirim, região metropolitana de Natal (RN), onde permanece recebendo instruções por um ano. Durante dois meses, o piloto passa pelo Curso de Preparação de Oficiais de Esquadrão (CPROE), realizado no Grupo de Instrução Tática e Especializada (GITE), quando aprende os princípios teóricos para atuar em combate e recebe orientações que o preparam para assumir as responsabilidades como Oficial da FAB.
Em seguida, os futuros caçadores são direcionados para o Esquadrão Joker (2°/5° GAV), também em Parnamirim (RN), para receberem instruções no Curso de Especialização Operacional na Aviação de Caça (CEO-CA). É nesta etapa que eles aprendem a operar o A-29 Super Tucano.
Com a conclusão do CEO-CA, os oficiais se tornam pilotos de combate da FAB e prosseguem para os três Esquadrões operacionais de A-29, localizados em Boa Vista (RR), Porto Velho (RO) e Campo Grande (MS). Nesse período, além de defender o espaço aéreo brasileiro e as fronteiras do País, o caçador recebe instruções importantes de Liderança de Elemento, Esquadrilha e Esquadrão.
Na sequência, o piloto pode ser transferido para os Esquadrões de primeira linha, localizados em Anápolis (GO), Santa Cruz (RJ), Santa Maria (RS) e Canoas (RS), onde irão operar as aeronaves F-5M, A-1M e, futuramente, o F-39 Gripen, uma unidade já chegou ao Brasil em setembro de 2020 e, foi apresentada para a sociedade brasileira no Dia do Aviador, em Brasília (DF), em 23 de outubro de 2020. Também poderão ser movimentados para o Esquadrão Joker ou para a Academia da Força Aérea, assumindo a função de instrutor de voo. A última etapa de progressão operacional ocorre nos Esquadrões de primeira linha da Aviação de Caça, sendo eles:
1° GDA - Esquadrão Jaguar – Anápolis/GO
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1° GAVCA - Esquadrão Jambock e Esquadrão Pif-Paf - Santa Cruz/RJ
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1°/10° GAV - Esquadrão Poker - Santa Maria/RS
1°/14° GAV - Esquadrão Pampa - Canoas/RS
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3°/10° GAV - Esquadrão Centauro - Santa Maria/RS
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O principal símbolo da Aviação de Caça é o Distintivo de Condição Especial, que é de uso exclusivo dos Oficiais Aviadores declarados Pilotos de Caça. O distintivo foi criado em 1973 pelo então Primeiro-Tenente Luiz Nogueira Galetto que, na época, era instrutor do Esquadrão Pacau (1°/4° GAV), em Fortaleza (CE). Ele já havia criado algumas "bolachas" para a Força Aérea Brasileira (FAB) e sugerido algumas ideias, como as faixas nos lemes dos AT-26 com os naipes de baralho e, posteriormente, as dos F-5.
"Em um dos encontros dos Esquadrões de Caça, o então Capitão Aviador João Lúcio Gatti, do Esquadrão Pampa (1º/14º GAV), de Canoas, nos procurou para um desafio: criar um símbolo que representasse essa arma, baseado em uma seta que apontasse para a direita", relembra o hoje Coronel da reserva Galetto.
Para elaborá-lo, inicialmente foi selecionado o escudo francês, já que a França foi o cenário do considerado primeiro combate aéreo da história e, também, os franceses foram os responsáveis pelo treinamento dos primeiros pilotos brasileiros, no Campo dos Afonsos, no Rio de Janeiro, e do embrião dos Esquadrões de Caça. A cor de fundo adotada foi o azul para representar o céu do país e tem os significados de virtude, justiça, lealdade e força.
A seta foi, então, desenhada de forma simples, tridimensional, voltada para a direita, e preenchendo o centro do escudo, denominado "coração", ponto de honra. A cor escolhida foi a prateada, significando readiness for battle, prontidão para a batalha, segundo o American College of Heraldry (Colégio Americano de Heráldica).
As cinco estrelas pentalfas (de cinco pontas) representam a constelação do Cruzeiro do Sul. Foram colocadas ainda, no topo do escudo, estrelas que indicam o perfil do piloto detentor do símbolo.
O distintivo é utilizado por todos os Oficiais Aviadores da Aviação de Caça. "A Aviação de Caça sempre foi a atividade mais desafiadora da nossa vida. O piloto de caça, além do conhecimento necessário que está um pouco mais complexo hoje em dia, deve ser motivado, agressivo e manter a perseverança. É um orgulho muito grande e ficamos imensamente felizes em ver o escudo nos uniformes dos nossos caçadores, do nosso Comandante ao Tenente mais moderno de um Esquadrão de Caça", conclui o Coronel.
O distintivo é conhecido, entre os pilotos, como "sorvete da caça". O apelido foi dado devido ao primeiro desenho da seta, cuja cauda era mais comprida, parecendo um copinho de sorvete.
https://www.fab.mil.br/avca/
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