FAZENDA IPANEMA - Mistérios e Curiosidades que ninguém conta - A Real fabrica de ferro

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A Real Fábrica de Ferro São João de Ipanema, ou Fundição Ipanema, foi uma siderúrgica que operou entre 1810 e 1926 na Fazenda Ipanema, localizada no distrito de Bacaetava, município de Iperó, interior do estado de São Paulo.

D. Rodrigo de Sousa Coutinho, ministro de D. João VI, encarregou Varnhagen e Martim Francisco de Andrada e Silva de projetar uma Fábrica de Ferro moderna que aproveitasse o minério de Araçoiaba. O projeto foi concluído em julho de 1810, orçado em 60 contos de réis. A proposta enfatizava a necessidade de trazer técnicos europeus experientes na técnica siderúrgica.

A empresa foi criada através de Carta Régia de 4 de dezembro de 1810, como uma sociedade de capital misto, com treze ações pertencentes à Coroa Portuguesa e 47 a acionistas particulares de São Paulo, do Rio de Janeiro e da Bahia.[3]

Para implantá-la foi trazida para a região uma equipe de técnicos sueca, contratada em dezembro de 1809, liderada por Carl Gustav Hedberg.

Além da presença de jazidas de magnetita, foram decisivos para a
escolha do local, a abundância de madeira que alimentaria os fornos, e de água captada no Rio Ipanema, força motriz por excelência até meados do século XIX.

Em 1815, Hedberg foi substituído pelo alemão Ludwig Wilhelm Varnhagen, incumbido de construir os altos fornos da fábrica, inaugurados em 1818. Duas campanhas de fusão foram realizadas, um com duração de 3 meses e outra com duração de sete meses.

Em 1820, José Bonifácio visitou a Fábrica e redigiu uma Memória, com críticas à arquitetura funcional dos altos fornos.[4]

Dos altos-fornos da Real Fábrica de Ferro de Ipanema sob a direção de João Bloem saíram muitos dos artigos necessários ao Brasil do século XIX, de panelas de ferro a maquinário para engenhos de açúcar e café, gradis, escadas, luminárias, etc., com artigos premiados em feiras nacionais e internacionais, à época.

O trabalho de escravos públicos especializados foi utilizado na Fábrica de Ipanema.[5] Esses escravos pertenciam ao Estado desde 1760, em ocasião do confisco dos bens dos jesuítas por parte da Coroa Portuguesa. O trabalho escravo na Fábrica estava presente em praticamente todas as etapas da produção exercendo as mais diversas atividades.[6]

A Fábrica vive um momento de crescimento e investimento sob a direção do Coronel Mursa, entre 1865 e 1890. Com as reformas introduzidas nos perfis internos dos altos-fornos, dobrou a produção diária de ferro gusa. Os operários austríacos que trouxe em 1878 permitiram introduzir um novo processo de refino do ferro, o processo estiriano, mais eficiente. Uma das técnicas que Mursa utilizou para garantir suporte econômico para o empreendimento foi a distribuição de coleções de objetos ligados a fabricação do ferro em Ipanema. Uma caixa desses objetos pode ser vista no Museu Republicano de Itu[7] e outra faz parte do acervo do Museu Nacional,[8] no Rio de Janeiro.

Imagens devidamente autorizadas através do processo ICMBio nº 02072.000002/2021-13.
Agradecimentos:
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - FLORESTA NACIONAL DE IPANEMA/ICMBio
Informações: https://www.icmbio.gov.br/flonaipanema/
ICMBio - Floresta Nacional de Ipanema - Flona Ipanema

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