SUMÁRIO
0:00 Introdução
2:39 Conceito clássico de ciência
6:10 Thaumadzein (espanto) e epistheme (ciência)
15:07 Protágoras, Heráclito e Parmênides
19:13 Platão e a teoria das ideias
23:08 Aristóteles e o hilemorfismo
23:44 Realismo medieval
24:26 Ilustração do hilemorfista aristotélico-tomista
31:54 Concepção realista de ciência
34:33 Concepção moderna de ciência
34:49 Subjetivismo racionalista de René Decartes
48:28 Subjetivismo transcendental de Immanuel Kant
1:01:47 Positivismo e as origens do cientificismo
1:07:10 Distinção entre ciências naturais e ciências humanas (Wilhelm Dilthey)
1:17:30 Psicologia científica (Wilhelm Wundt)
1:25:40 Conclusão
O objetivo desta lição é apresentar, em linhas gerais, um panorama do problema referente ao estatuto de cientificidade das ciências humanas, em especial, da psicologia. Para tanto, apresentei o conceito clássico de ciência (conhecimento universal e necessário) e o contrastei com o conceito moderno de ciência, tal como defendido pela maioria dos positivistas.
Entendo que, apesar do idealismo, as concepções modernas de ciência (em Descartes e Kant, por exemplo) ainda têm em alta conta as exigências de universalidade e necessidade que constituem, por assim dizer, a ciência em seu sentido clássico. Contudo, algo muito diferente acontece no contexto do positivismo. A ciência passou a ser entendida como conhecimento dos "fatos empíricos" (cientificismo). Ora, a influência do positivismo no século XIX é incontestável. O cientificismo pautou não somente as ciências naturais, mas, inclusive, as ciências humanas.
É nesse exato momento que o estatuto de cientificidade da psicologia torna-se uma questão central para filósofos e psicólogos. Se a psicologia é uma ciência humana, como, então, ela poderia fundamentar sua cientificidade sem se submeter ao cientificismo que dominava o cenário das ciências modernas?
A lição 2 é o primeiro passo que daremos para considerar esta questão.
Para aqueles que não estão habituados com as sinuosidades dessa discussão, sugiro a leitura do livro que publiquei em 2008, em que trato dessas questões de forma mais introdutória:
https://vidanova.com.br/68-curso-vida...
e a breve introdução à filosofia, de Thomas Nagel:
https://www.martinsfontespaulista.com...
Sobre a ciência moderna e os desafios do cientificismo:
Alan Sokal & Jean Bricmont, "Imposturas intelectuais". [Pra ler ontem!]
https://www.record.com.br/produto/imp...
Alvin Plantinga, "Ciência, religião e naturalismo".
https://vidanova.com.br/991-ciencia-r...
Alan F. Chalmers, "O que é ciencia afinal?".
http://www.editorabrasiliense.com.br/...
Paul Berghossian, "Medo do conhecimento: contra o relativismo e o construtivismo".
https://www.editorasenacsp.com.br/por...
Frederick C. Beiser, "Depois de Hegel: a filosofia alemã de 1840 a 1900".
http://www.edunisinos.com.br/produto/...
R. Hooykaas, "A religião e o desenvolvimento da ciência moderna". Brasília: Polis, Editora da Universidade de Brasília, 1988 [Excelente, mas esgotado. Todavia, "um passarinho" me disse que será em breve publicado numa nova edição.].
Nancy Pearcy & Charles B. Thaxton, "A alma da ciência".
https://www.editoraculturacrista.com....
Há duas palestras muito boas. Uma sobre filosofia antiga e medieval e a outra sobre filosofia moderna. São palestras primorosas, realizadas por dois amigos muito queridos: Pedro Monticelli, professor na faculdade de filosofia no Mosteiro de São Bento e Mario Porta, professor da PUC-SP, que me orientou no mestrado que escrevi sobre a fenomenologia das representações, na quinta investigação, das "Investigações lógicas", de Edmund Husserl.
1. Pedro Monticelli, Filosofia Antiga e Medieval.
https://www.facebook.com/watch/live/?...
2. Mario Porta, Filosofia Moderna.
• Conferencia "A idade da razão"
SEJAM FELIZES.
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