Tropilha de Corredor - Mauro Silva e Lucas Gross

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Música mais popular da 30ª Sapecada da Canção Nativa

Letra: José Maurício Rigon
Melodia: Lucas Gross
Recitado: José Maurício Rigon
No palco: Daner Marinho, Aparício Maidana, Pedro Terra, Odair Teixeira, Lucas Gross e Mauro Silva.

A noite escura sem lua
Destapa um véu de garoa,
E um relincho ecoa longe
No corredor que encordoa.

Abriu os olhos pra o mundo
Engolindo a escuridão,
Largo’o poncho da placenta
Na terra bruta do chão.


De pronto viu seu destino
No estreito do corredor,
A velha estrada embarrada
Muita terra e pouca flor.


Tropilha de corredor…
Zainas, mouras, coloradas
Crinudas… marca borrada…
Eguada sem domador.

Tropilha de corredor…
O padrillo não se sabe;
Romances no alambrado,
Ou se a porteira se abre.


Talvez tenha sido um mouro
Dos campos lá da Figueira,
Que emprenhou a colorada
Corajosa e parideira.

Quase um ano, cruzou léguas…
Campeando sombra e aguada…
Vivendo no corredor,
Prenha de cria roubada.


Andar e andar… sua sina
É viver pelas estradas…
Benzida a trança de bruxa,
Pra alguma pata cortada.

E o caprichoso destino,
Escolheu o fio do caminho…
Pra parir mais esperança,
Na tropilha, outro potrinho.



Motivação:
Na fronteira gaúcha, é comum encontramos pelos corredores Tropilhas pastando… Geralmente não são grupos muito grandes, (cinco, seis animais) dos mais variados pelos e idades, sem padrões definidos, marcados ou não. Por vezes essas tropilhas tem donos e são soltos ao corredor propositalmente, quando não há condição de manter os animais na propriedade. Por outras, são tropilhas “ajenas”, que se perderam corredor a fora “campeando sombra e aguada”, cruzam a linha de um país para o outro ou simplesmente ficam extraviadas pelo corredor. Há também casos de animais que solitos se extraviam, por uma porteira aberta, um arame arrebentado, e então vão se juntando formando também uma Tropilha de corredor. E sem ter alguém que cuide, são crinudas, levando as tranças das “bruxas” como amuleto para que não adoeçam e curem suas feridas. O verso retrata o nascimento de um potro que foi parido no meio da estrada, filho de uma égua que andava entropilhada pelo corredor e há tempos chama a atenção pela distância que essa Tropilha percorre pelos corredores. Com certeza uma “cria roubada”, e o destino entregou o corredor para morada, e a Tropilha, se renova com vida de um novo potrinho.

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