Por que a Arte Naïf incomoda?

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Uma parceria entre Parísina e Carlos França
Texto de Parísina Éris Ilíade Tameirão Ribeiro
Artista Visual Naïf, Professora de Artes e Pesquisadora

A partir de um Texto reflexivo escrito por Parísina sobre a Arte Naïf, Eu também artista Naif, fiz um convite a amiga, de transformá-lo em vídeo com a participação de obras de vários artistas Naïfs Brasileiros do grupo naifsbrasileiros e algumas imagens foram pesquisadas no banco de imagens da internet . Para assim poder fazer uma bela Homenagem a novos artistas e aos consagrados nomes da pintura Naif. Cada imagem tem o nome do artista junto dando assim os créditos.

Por que a Arte Naïf incomoda?

Naïf é arte que encanta! É uma estética livre de convenções. Como dizia Lucien Finkelstein, criador do Museu Internacional de Arte Naif do Rio de Janeiro (atualmente fechado) “O artista naïf molha os pincéis nas tintas do coração”! Indo além dos pincéis, hoje também as agulhas e tecidos, as goivas, o barro, a madeira, os papéis entre tantos outros.

Desde Henri Rousseau, (por volta de 1890 pinta suas primeiras obras), muitos ismos já passaram e o Naïf permanece! Termo estrangeiro, francês, sim, mas que no Brasil e tantos outros países assumiu uma dimensão muito além de apenas “ingênuo” termo de tradução na época.

A Arte Naïf acolhe a todos, é coletiva, permite a liberdade e diversidade de formas de expressão, com isso, agrega e permite o seu fortalecimento.

Sim é verdade que a maioria dos artistas naifs não tiveram acesso à academia, alguns poucos, porém a liberdade fala mais alto. Não se preocupam com os cânones, as perspectivas, as proporções, mas nem por isso deixam de criar obras extremamente elaboradas, questionadoras, atuais, às vezes desafiadoras e que de ingênua e simples nada tem.

As cores intensas, vivas, alegres se destacam e nos convidam a “entrar” nas obras e experenciá-las ou revisitarmos nossas memórias afetivas.

As obras, em sua maioria, são figurativas e extremamente cheias de informações, as vezes se mostram mais objetivas em termos de elementos.

As histórias tecidas, pintadas, bordadas, modeladas e gravadas por estes artistas nos mostram o quanto a coletividade legitima e fortalece. Contar de forma “simples” estas histórias se mantem extremamente atual, forte e coeso.

O “simples” muitas vezes é extremamente complexo. A simplificação e a oposição ao convencional, permite novos horizontes, novos olhares, novas formas de mostrar a realidade de uma forma que pessoas comuns, além de admiradores, colecionadores, possam entender claramente a mensagem, a leitura de mundo atual. Uma compreensão acessível da expressão artística.

A arte Naïf também é extremamente democrática em relação às técnicas, esculturas, bordados, gravuras que muitas vezes recebiam o status de “arte menor, aplicada, manual” são extremamente bem-vindas e valorizadas além das pinturas tão presentes.

Em relação à origem dos seus artistas, a democracia também está presente, há mulheres, periféricos, negros, indígenas/ povos originários, imigrantes, acadêmicos, e tantos outros, porém com grande talento e olhar diferenciado para as coisas da vida. É uma arte que abraça a todos.

O Naïf apresenta o cotidiano das pessoas, de um país profundo, as vivências, os sonhos, as comemorações profanas e sagradas, os interiores e grandes cidades, as periferias, as críticas sociais, e tantos outros temas, porém com uma mensagem de reflexão ainda que muitas vezes de forma sutil.

Além do tudo isso, a Arte Naïf é acessível, possui artistas em todas as regiões do Brasil e em diversos países pelo mundo, movimenta uma grande rede a nível nacional e internacional tais como colecionadores, museus, galerias especializadas, eventos tais como bienais, festivais, exposições presenciais e onlines, individuais e coletivas, grupos de discussões sem deixar nada a desejar para nenhum outro movimento artístico.

Nos últimos anos vem se destacando e atraindo diversos olhares.

Para os Naïfs não há limites, fronteiras. Há pressões, sim! Porém, também há o conhecimento e principalmente o entendimento da importância da sua forma de expressão e que todos os lugares são lugares para os Naïfs.

“Onde há uma vontade, há um caminho”

Parísina Éris Ilíade Tameirão Ribeiro

Artista Visual Naïf, Professora de Artes e Pesquisadora


Edição de vídeo: Carlos França, Artista Plástico

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