Provocações - Michel Laub

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“Sei escrever melhor do que falar. Escrevo melhor do que me relaciono com as pessoas, acho que escrever é a coisa que melhor sei fazer na vida”, diz Michel Laub, escritor gaúcho com 6 livros publicados, sendo que um deles, “Diário da Queda”, foi traduzido internacionalmente e vai virar um filme.

Michel, que muitas vezes é comparado ao já falecido escritor Moacyr Scliar, comenta: ”É um elogio, mas é uma mentira também, porque eu não sou. Eu não tenho o talento do Scliar e também não faço o tipo de literatura que ele fazia, o meu tipo de literatura é mais pessoal e íntima, Scliar era um fabulador e tinha uma imaginação muito maior do que a minha”.

Ao ser questionado sobre a literatura brasileira no exterior, Laub responde: “O português não é uma língua importante no mundo, não por ser melhor ou pior, e sim, porque o Brasil e os países de língua portuguesa não tem uma importância econômica no mundo de hoje”.

Quando questionado sobre o por que de seu último romance fazer sucesso no exterior, Michel Laub afirma: “Teve uma questão muito específica desse livro que fez sucesso, que é o “Diário da Queda”. É um livro que fala de Segunda Guerra. Esse tema é quase um subgênero da literatura lá fora. Assim como tem os romances policiais e os de mistérios, há também os romances de Segunda Guerra”.

Sobre sua transgressão, escrever, o escritor diz: “Quando se escreve, você vai sempre contra alguns pontos de resistência, não só em relação ao assunto que você está tratando, mas em relação à você mesmo. É quase como fazer análise em público. Muitas vezes é frustrante olhar para si mesmo e saber até que ponto você pode ir como escritor e você não poder ir além disso. Ou você saber que para conseguir escrever um livro minimamente interessante, você tem que ir além de coisas que naturalmente não iria gostar de ir além.”

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