CIDADE PERDIDA na AMAZÔNIA DESCOBERTA ! I MUY LOCO DOC

A lenda de uma cidade perdida encrustada na Amazônia não era tão lenda assim. A cidade foi localizada.
Arqueólogos encontram um complexo de cidades perdidas de 2.500 anos na Amazônia.
Eles descobriram um conjunto de cidades perdidas na Floresta Amazônica do Equador que abrigava pelo menos 10 mil agricultores. Uma série de montículos de terra e estradas enterradas no Equador foi notada pela primeira vez há mais de duas décadas
Embora tenha enfrentado um fim desconhecido, a cultura que prosperou aqui contribui para a crescente evidência de que a Amazónia não é realmente uma das grandes áreas selvagens intocadas do mundo – e nem sequer era uma floresta intacta até tempos relativamente modernos.
Estudos paleoclimáticos sugeriram que grande parte da floresta amazónica é muito mais jovem do que se suspeitava, e que grandes áreas da Amazónia, talvez um quinto, eram na verdade ambientes de savana aberta antes da chegada dos europeus às Américas. Tal ambiente teria facilitado o tipo de engenharia paisagística que é cada vez mais evidente que era praticada pelos amazônicos, muitos dos quais provavelmente viviam em assentamentos urbanos ou suburbanos com um alto nível de organização sociopolítica.
Heckenberger trabalha há décadas na região do Xingu, no Brasil, onde dezenas de comunidades que ele chama de “cidades-jardim” apresentam casas, praças e muros de paliçada. Embora os locais não tenham os centros monumentais muito maiores encontrados na Bolívia, eles estavam ligados por um sistema de estradas, pontes e canais, todos situados numa grande paisagem projetada de campos, pisciculturas e outras características. Curiosamente, esta cultura urbana de baixa densidade – que mais parecia um aglomerado de comunidades suburbanas sem um centro urbano – prosperou na mesma região onde Fawcett desapareceu em busca da sua Cidade Perdida de Z.
Por mais difíceis que sejam de localizar na floresta, obras de terraplenagem claramente construídas por humanos, desenhos conhecidos como geoglifos, foram encontradas em vários outros locais da Amazônia. Em 2018, cientistas, utilizando imagens de satélite, relataram que grandes áreas da floresta amazónica no estado do Mato Grosso, no Brasil, que antes se pensava terem sido escassamente habitadas, na melhor das hipóteses, estavam pontilhadas de aldeias e geoglifos de terraplenagem de formas estranhas. Mesmo aqui, longe dos grandes rios, muitas centenas de aldeias poderiam ter alojado até um milhão de pessoas entre 1250 e 1500 d.C., numa área que representa apenas cerca de 7% da bacia amazónica. No entanto, se os grandes centros urbanos ancoraram estes locais povoados, eles ainda não foram identificados.
Essas descobertas de assentamentos foram resultado de um trabalho muito árduo. Apesar das populações grandes e sofisticadas que outrora prosperaram aqui, provas duradouras de urbanismo revelaram-se difíceis de encontrar na remota e densamente florestada Amazónia. Mas a tecnologia lidar parece destinada a acelerar rapidamente o ritmo das descobertas futuras. “Lidar tem sido transformador para a arqueologia e este trabalho é um grande exemplo disso”, diz Fisher.
“Esses pesquisadores conseguiram ver padrões que simplesmente não são visíveis do solo, e esse padrão mostrava claramente dois assentamentos muito grandes, inseridos em um sistema de assentamentos, com um nível de complexidade social que realmente não foi muito bem demonstrado na Amazônia. ," ele diz. “É absolutamente incrível.”
Embora pareça que a Amazónia já foi repleta de atividade humana, muitos sítios antigos permaneceram quase intactos durante cerca de 500 anos, algo que Prümers cita como uma grande vantagem. “A região tem uma densidade populacional muito baixa, o que significa que encontramos lá quase intocadas relíquias das culturas pré-espanholas”, afirma.
Mas a Amazônia está mudando rapidamente. As florestas estão a ser eliminadas para promover a agricultura, a pecuária, a produção de energia e as estradas e barragens que apoiam esses esforços. Muitas dessas áreas não perturbadas, com os seus registos ocultos de culturas passadas, não permanecerão assim por muito tempo. Fisher defende a digitalização lidar em larga escala da Amazônia, e muito além, por meio de um projeto Earth Archive que visa capturar o que resta do passado antes que seja perdido para o futuro.
MUNDO MUYLOCO é um canal de viagens onde Fernando Muylaert leva você para conhecer esse planeta de uma forma divertida.
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